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Monique Medeiros, ré em caso Henry, volta a trabalhar na Educação do Rio

Monique Medeiros em interrogatório no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro - Brunno Dantas/TJRJ/Divulgação
Monique Medeiros em interrogatório no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Imagem: Brunno Dantas/TJRJ/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

22/01/2023 18h25Atualizada em 22/01/2023 23h09

Monique Medeiros está trabalhando em um almoxarifado da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

Segundo nota da Secretaria, houve orientação jurídica de que "não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa", porque ela foi solta pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e "ainda não houve sentença condenatória".

O secretário da Educação do Rio, Renan Ferreirinha, se pronunciou no Twitter sobre o retorno da funcionária: "Se dependesse de mim, Monique Medeiros já teria sido demitida há muito tempo, mas sabemos como a justiça demora no Brasil".

Ferreirinha ressaltou que Monique está "longe da sala de aula e das nossas escolas" e cobrou que a "justiça seja feita em nome e memória do menino Henry".

Monique teve liberdade concedida pelo STJ em agosto de 2022, após a prisão preventiva dela ser revogada. Ela responde em liberdade a acusação de ter matado o próprio filho, Henry Borel, em 2021.

Monique foi denunciada pelo Ministério Público por ter se omitido ao permitir que seu marido, o ex-vereador Jairo Souza, conhecido como Dr. Jairinho, agredisse o filho, o que teria resultado na morte da criança de 4 anos. Jairinho também é réu e responde pelo homicídio do enteado.

Caso irá a júri popular, conforme estabelecida pela 2ª Vara Criminal da Capital. 25 pessoas serão convocadas e 7 irão compor o júri.

Relembre o caso

  • Os laudos periciais apontaram 23 lesões no corpo do menino, e indicaram que Henry morreu em decorrência de hemorragia interna e laceração no fígado causada por ação contundente.
  • O casal foi preso em 8 de abril de 2021. Em 6 de maio de 2021, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Jairinho por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. Já Monique foi denunciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.
  • "O crime de homicídio foi cometido por motivo torpe, eis que o denunciado decidiu ceifar a vida da vítima em virtude de acreditar que a criança atrapalhava a relação dele com a mãe de Henry", afirmou o promotor de Justiça Marcos Kac, no texto da denúncia.