Monique Medeiros, ré em caso Henry, volta a trabalhar na Educação do Rio
Monique Medeiros está trabalhando em um almoxarifado da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
Segundo nota da Secretaria, houve orientação jurídica de que "não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa", porque ela foi solta pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e "ainda não houve sentença condenatória".
O secretário da Educação do Rio, Renan Ferreirinha, se pronunciou no Twitter sobre o retorno da funcionária: "Se dependesse de mim, Monique Medeiros já teria sido demitida há muito tempo, mas sabemos como a justiça demora no Brasil".
Ferreirinha ressaltou que Monique está "longe da sala de aula e das nossas escolas" e cobrou que a "justiça seja feita em nome e memória do menino Henry".
Monique teve liberdade concedida pelo STJ em agosto de 2022, após a prisão preventiva dela ser revogada. Ela responde em liberdade a acusação de ter matado o próprio filho, Henry Borel, em 2021.
Monique foi denunciada pelo Ministério Público por ter se omitido ao permitir que seu marido, o ex-vereador Jairo Souza, conhecido como Dr. Jairinho, agredisse o filho, o que teria resultado na morte da criança de 4 anos. Jairinho também é réu e responde pelo homicídio do enteado.
Caso irá a júri popular, conforme estabelecida pela 2ª Vara Criminal da Capital. 25 pessoas serão convocadas e 7 irão compor o júri.
Relembre o caso
- Os laudos periciais apontaram 23 lesões no corpo do menino, e indicaram que Henry morreu em decorrência de hemorragia interna e laceração no fígado causada por ação contundente.
- O casal foi preso em 8 de abril de 2021. Em 6 de maio de 2021, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Jairinho por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. Já Monique foi denunciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.
- "O crime de homicídio foi cometido por motivo torpe, eis que o denunciado decidiu ceifar a vida da vítima em virtude de acreditar que a criança atrapalhava a relação dele com a mãe de Henry", afirmou o promotor de Justiça Marcos Kac, no texto da denúncia.
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