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Defesa cobra imagens do momento em que advogado foi baleado em exame em SP

O advogado Leandro Mathias, 40, divulgava conteúdo pró-armas no TikTok - Reprodução/Redes sociais
O advogado Leandro Mathias, 40, divulgava conteúdo pró-armas no TikTok Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

12/02/2023 22h58

O advogado da família e amigo de Leandro Mathias de Novaes, 40, que morreu após ser baleado pela própria arma dentro de uma sala de ressonância magnética em São Paulo, disse que ainda espera imagens do momento do incidente que não foram juntadas ao inquérito. O laudo da perícia disse que o advogado foi negligente ao entrar armado no local.

"Acho precipitado [dizer que ele foi negligente]. As imagens que não constam no inquérito vão elucidar bastante. A gente precisa entender como se deu essa entrada dele nessa sala e em que momento", disse Angelo Cavaleri em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Leandro foi atingido por um tiro em 16 de janeiro, quando acompanhava a mãe durante um exame, em uma clínica no bairro dos Jardins. A perícia ocorreu no dia seguinte, ainda antes de Leandro morrer —o que aconteceu em 6 de fevereiro. Fotos mostram a arma dentro da cápsula da máquina.

Documentos mostraram que o advogado assinou uma documentação afirmando que todos os objetos e adornos metálicos precisavam ser retirados "para maior garantia de segurança" antes da entrada na sala.

"É uma fatalidade. Ele foi, com toda certeza, irresponsável. Jamais ele deveria entrar com uma arma ali dentro. (...) Ele praticou uma autolesão, fora o susto que causou para todos que estavam ali naquele momento", afirmou à TV o delegado José Eduardo Jorge, responsável pelo caso.

Fotos da perícia mostram arma do advogado Leandro Mathias sugada por máquina de ressonância magnética - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Fotos da perícia mostram arma do advogado Leandro Mathias sugada por máquina de ressonância magnética
Imagem: Reprodução/TV Globo

Segundo apuração do UOL, Leandro portava uma pistola calibre 9 mm, um pente extra carregado e cerca de 30 munições. O advogado teria guardado o pente extra e as munições após orientação, mas deixou a pistola na cintura durante o procedimento.

Leandro se aproximou para ajudar a posicionar a mãe, que estava deitada na maca que entraria na máquina de ressonância magnética. O advogado estava a cerca de 1 m de distância do equipamento, quando a arma foi atraída como por um ímã e disparou, atingindo o abdômen dele após bater na parede do aparelho médico.