Autor do ataque a crianças em creche foi frio no depoimento, diz delegado
O delegado Ronnie Esteves contou como foi o depoimento do homem responsável pelo ataque em uma creche de Blumenau (SC).
O que disse o delegado
O autor do ataque disse à polícia que as crianças sempre foram o alvo. O delegado afirmou ao UOL que o homem fugiu em razão "da gritaria" no local. "As professoras queriam salvas as crianças. Começou a gritaria e ele fugiu", afirmou Esteves.
O tempo entre a chegada e saída da creche, foi de cerca de 30 segundos, segundo a polícia. O agressor pulou o muro e atacou as crianças com golpes na cabeça, afirmou o Corpo de Bombeiros. O delegado disse que usou inicialmente uma machadinha e depois um canivete.
Além disso, o agressor alegou não lembrar do ataque. Segundo o delegado, ele disse lembrar de tudo até desferir o primeiro golpe, e depois "tem um apagão" até ver uma professora se aproximando e correr.
Ele fala que se arrependeu um pouco, mas ele é muito frio. Do início ao fim ele mantém uma história, ele não muda. Tem as ideias bem concatenadas, não é uma pessoa que está fora de si. E muito frio.
Ronnie Esteves, delegado à frente do caso, em entrevista ao Brasil Urgente
Assassino disse ter dado "volta na cidade" antes de se entregar
Autor do ataque disse que foi até uma academia antes de se dirigir para creche. O depoimento durou uma hora e 20 minutos — hoje a Justiça decretou a sua prisão preventiva (sem prazo), após ele ter passado pela audiência de custódia.
A polícia está atrás de imagens de câmeras de segurança que mostrem essa movimentação. Na academia, a polícia pretende verificar se ele falou com alguém. Segundo o delegado, o rapaz não tinha televisão, computador ou videogame em casa. "Tudo ele mexia num telefone."
Depois do ataque, o homem disse à polícia que "deu uma volta na cidade", passando por uma loja de conveniências, onde comprou uma água. Logo depois, foi até o Batalhão da Polícia Militar, onde estacionou a moto e se entregou.
Delegado disse ainda que agressor citou em segundo envolvido, que o teria coagido a cometer o crime. "Ele disse que levaria um tiro na cabeça caso não fizesse." Não há prova das ameaças, e a polícia desconfia de que se trata de "uma história inventada".
O aconteceu na creche
As crianças mortas tinham entre 4 e 7 anos, segundo a Polícia Civil: dois meninos de 4 anos, um de 5 e uma menina de 7 — eles foram enterrados nesta quinta. Outras cinco foram feridas.
O caso ocorreu no Cantinho Bom Pastor, uma creche privada localizada no bairro Velha, que abrigava 40 crianças no momento do ataque.
O agressor se apresentou à Polícia Militar e foi preso após cometer o crime.
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