PM que matou 2 colegas com fuzil em SP tem prisão convertida em preventiva
O sargento que matou dois colegas com tiros de fuzil na última segunda-feira (15), em um quartel da PM na cidade de Salto (SP), teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, durante a audiência de custódia realizada hoje à tarde no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
O que aconteceu
O juiz José Álvaro Machado Marques, da 4ª Auditoria Militar, justificou a decisão citando os indícios de autoria e materialidade. Argumentou que a medida foi adotada para garantir a ordem pública, devido à periculosidade do indiciado e para a segurança da aplicação da lei penal militar, de acordo com o artigo 255 do Código Penal Militar.
O policial militar Claudio Henrique Frare Gouveia foi preso em flagrante logo após cometer o crime. A audiência de custódia deveria ocorrer na terça-feira (16), um dia após os assassinatos, mas o atirador passou mal e precisou ser hospitalizado.
Com a decisão, o atirador segue detido no presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista. A unidade é destinada a PMs presos por suspeita de envolvimento em crimes.
A defesa do atirador informou que entrará com recurso, pedindo a revogação da prisão preventiva. O advogado Rogério Augusto Dini Duarte disse ao UOL que o sargento e a sua esposa, que trabalhava na mesma unidade, estavam sendo perseguidos pelo comandante, uma das vítimas do ataque.
Entenda o caso
O sargento Gouveia invadiu a 3ª companhia do batalhão armado com um fuzil por volta das 9h de segunda. Segundo registro da corporação, ele disse que iria fazer um treinamento.
O atirador então trancou a unidade, invadiu a sala do comandante e atirou contra os dois colegas. Uma testemunha relatou ter ouvido três disparos. Os alvos do ataque foram o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, comandante da unidade, e o sargento Roberto Aparecido da Silva, que estava na sala no momento do ataque.
Em seguida, o sargento se entregou e acabou sendo preso por outro colega, que apreendeu o fuzil, conforme ocorrência obtida pelo UOL. "Depois dos disparos, ele entregou o fuzil para outro colega e disse: 'Pode me prender'", contou o advogado Rogério Duarte.
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