Cracolândia: Tarcísio diz pensar em internação compulsória 'em último caso'
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou em entrevista à CNN Brasil que pode considerar a internação compulsória de dependentes químicos da Cracolândia "em último caso".
O que aconteceu?
Tarcísio disse que não descarta a alternativa como uma "medida extrema". "Entendo que antes de muitas medidas que podem ser tomadas, as pessoas precisam de acolhimento. Obviamente, é uma medida extrema que pode ser usada com cuidado em último caso", disse.
Sem "bala de prata" para um problema complexo. Para o governador paulista, as internações só devem ser feitas "quando todas as outras possibilidades estiverem esgotadas, como forma de salvar vidas".
Na terça-feira (18), Tarcísio disse que pretendia levar a concentração de dependentes químicos da Cracolândia para o bairro do Bom Retiro. Na ocasião, o governador disse que os usuários de drogas ficaram mais próximos do Complexo Prates, equipamento da Prefeitura de São Paulo que atende a população em situação de rua e também dependentes químicos, do Caps (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps) e de uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial).
Dois dias depois, ele desistiu da transferência. A proposta provocou reclamações de comerciantes da região e críticas de especialistas em segurança pública. Na quarta-feira (19), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que não havia sido consultado sobre o tema e falou em um "mal-entendido" com Tarcísio.
Na semana passada, os poderes municipal e estadual já haviam feito uma primeira tentativa de remover o fluxo do centro. Relatos de líderes sociais e profissionais de saúde apontam que a Polícia Militar, a Polícia Civil e a GCM conduziram o fluxo da Rua dos Gusmões até a ponte Orestes Quércia, na Marginal do Tietê, em um caminho de cerca de três quilômetros.
No final da operação, os usuários fugiram do local e retornaram ao centro.
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