TO: Família se nega a enterrar preso morto há 3 dias e pede laudo do IML
A família de um detento encontrado morto há três dias em uma cela no presídio Barra da Grota, em Araguaína (TO), se nega a enterrar corpo dele.
O que aconteceu:
Os familiares de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada, querem que seja refeito o exame de necropsia pelo IML (Instituto Médico Legal). O corpo estava sendo velado há dois dias após a família se negar a realizar o sepultamento.
Os representantes do detento dizem que, apesar do atestado de óbito apontar a causa da morte como "suicídio", a família acredita que ele foi assassinado. Carlos Augusto é apontado pela Polícia Civil como mandante de 50 mortes em Palmas e estava preso desde o dia 11 de julho.
A Justiça atendeu o pedido da família e determinou por meio de uma liminar que o exame seja refeito. O juiz José Carlos Ferreira Machado estabeleceu também uma multa diária de R$ 30 mil caso o Estado descumpra a decisão judicial.
O magistrado determinou ainda que o Estado, via Unidade Prisional Barra da Grota, "mantenha intactas as imagens das câmeras de segurança" nas dependências da unidade e na cela em que o homem foi encontrado morto.
O que diz a SSP-TO
O IML recolheu no início da tarde desta quarta-feira o corpo de Carlos Augusto Silva Fraga para a realização do novo exame, informou a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de Tocantins. O novo laudo será concluído em dez dias.
A SSP afirmou ainda que o exame necroscópico já havia sido realizado no último domingo (23) e que o local da morte também foi periciado.
O laudo aponta que a causa do óbito se deu por "asfixia mecânica" devido a constrição do pescoço com características da modalidade enforcamento. "Não há sinais de afundamento do crânio ou da face", disse a SSP.
A SSP reitera que as evidências indicam suicídio, por isso, o caso está sendo apurado pela 29ª Delegacia de Polícia de Araguaína.
A SSP-TO reitera ainda que as evidências indicam suicídio, por isso, o caso está sendo apurado pela 29ª Delegacia de Polícia de Araguaína, cujo delegado titular estava de plantão na 5ª Central de Atendimento no dia do ocorrido, tendo requisitado os exames de necropsia, a perícia do local e imagens do circuito de segurança da unidade penal. Portanto, vem acompanhando o caso desde o início, devendo concluir as investigações dentro do prazo legal.
Trecho de nota da SSP
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