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RJ: Justiça determina prisão e PMs envolvidos em morte de jovem se entregam

O policiais militares envolvidos no assassinato de Thiago Menezes Flausino, um adolescente de 13 anos, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, foram presos na tarde desta quarta-feira (6).

O que aconteceu:

Os quatro PMs indiciados no processo apresentaram-se para o cumprimento de mandado de prisão, informou a Polícia Militar. "Os quatro policiais serão encaminhados para a Unidade Prisional da Polícia Militar após o término dos trâmites administrativos da prisão", diz a nota da corporação.

A Justiça determinou a prisão, atendendo a um pedido do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). A Corregedoria da PM também havia pedido a prisão preventiva e o afastamento das ruas até o fim da investigação.

Os policiais Roni Cordeiro de Lima, Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria e Silvio Gomes dos Santos, foram denunciados pelo crime de fraude. Eles apresentaram uma pistola e munição, e atribuíram as mesmas à vítima.

Já o PM Diego Geraldo de Souza foi denunciado por prevaricação e fraude processual por omissão, tendo sido afastado da função pública. Ele, segundo a denúncia, "omitiu-se diante do dever de vigilância sobre seus comandados, autorizando que eles atuassem de modo irregular na localidade, utilizando veículos e drones particulares durante a operação", segundo o MPRJ.

O caso

Policiais tentaram colocar uma arma ao lado do corpo de Thiago para incriminá-lo. A conclusão foi da investigação policial. Flausino estava na garupa de uma moto quando foi atingido por três tiros na madrugada de 7 de agosto, em uma rua de acesso à Cidade de Deus.

Os indiciados são do Batalhão de Choque, a tropa de elite da PM do Rio, e foram afastados das atividades na rua em 11 de agosto. O UOL não localizou a defesa deles para que pudessem se manifestar.

A Corregedoria da PM também viu indícios de omissão de socorro, abuso de autoridade e descumprimento da missão. O inquérito ainda aponta a intenção dos suspeitos de omitir e divulgar informações incompletas do caso para atrapalhar as investigações.

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De acordo com relatos de testemunhas, Thiago foi morto sem esboçar qualquer reação ou oferecer risco à ação da tropa de choque da PM.

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