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PF mira garimpo ilegal em 3 estados; Justiça mandou apreender R$ 6,7 bi

A PF faz hoje três operações simultâneas contra o garimpo ilegal de ouro em terras indígenas yanomami e áreas de conservação no Amazonas, Roraima e Tocantins. Segundo a corporação, somando as forças-tarefas, a Justiça autorizou bloqueios e apreensões de R$ 6,7 bilhões.

O que aconteceu

Os investigados responderão por ao menos sete crimes. Alguns deles são usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal do ouro, contrabando, falsidade ideológica e receptação qualificada.

No Tocantins, a PF apura se ouro extraído ilegalmente de reservas indígenas e unidades de conservação federal era "esquentado". Essa prática consiste em usar documentos falsos para declarar que extrações foram feitas em áreas autorizadas.

Em Roraima, esquema envolveria o contrabando de ouro venezuelano. A PF diz que as suspeitas são de que o metal entrou clandestinamente no Brasil em caminhões de transportadoras que passam pela fronteira sem o pagamento de impostos.

O ouro contrabandeado serviria como pagamento pela exportação de alimentos por mercados de Roraima e do Amazonas. Depois, ele seria comprado por outros integrantes do esquema e enviado para empresas atuantes no ramo de exploração, responsáveis fazer o pagamento aos supermercados e às distribuidoras de alimentos.

Já no Amazonas, a PF investiga indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de uma pessoa que transportava 35 quilos de ouro. Esse suspeito, de acordo com as diligências, pretendia entregar o produto a dois norte-americanos, Frank Giannuzzi e Steven Bellino, sócios de uma empresa em Nova Iorque.

A corporação diz que identificou que a organização criminosa adquire ouro de terras indígenas e leitos de rios com uso de dragas. Por meio de fraude, então, o grupo declara que o ouro foi extraído em permissões de lavra garimpeira regularmente constituídas.

As investigações ainda apontam que o alvo principal da PF esquenta ouro através de um austríaco que se naturalizou brasileiro Werner Rydl. Segundo a corporação, ele afirma ter mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro em um suposto país independente criado por ele próprio.

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