Até quando vai a onda de calor? Prepare-se, porque deve haver outras

Com uma primavera altamente influenciada pelo El Niño, o Brasil tem enfrentado fortes ondas de calor. Doze estados registraram mais de 40ºC nos últimos dias, segundo o MetSul, e as temperaturas seguem altas em boa parte do país até o meio desta semana, aponta o Climatempo.

O que causa estas ondas de calor?

O El Niño, que aquece as águas do Pacífico, diminui as frequências de pancadas de chuva, dificultando que os termômetros baixem e resultando em dias com mais horas de sol e calor. O fenômeno também impede a mistura do ar quente com o frio, de origem polar, diminuindo a ocorrência de frentes frias.

Mas quando esta onda de calor arrefece?

O calor é resultado de um sistema de alta pressão atmosférica, segundo o Climatempo, e esta onda só deve enfraquecer no final da semana.

A previsão é de que até quinta (28) temperaturas muito altas ainda sejam observadas em partes do Sudeste e do Centro-Oeste. O Sul já começa a esfriar antes, devido a uma frente fria que chega hoje, acompanhada da formação de um ciclone.

Um exemplo é a capital paulista, que amanhã ainda pode registrar 36ºC de máxima, mas que na quinta tem previsão de chegar a apenas 20ºC, com tempo nublado e chuva a qualquer hora. Na sexta-feira, a máxima em São Paulo sobe para 25ºC, e o fim de semana deve voltar a ser quente, com termômetros chegando a 29ºC no sábado e 33ºC no domingo - mas previsão de pancadas de chuva.

Teremos mais ondas?

Há muitas chances de que sim.

Segundo o Climatempo, há probabilidade de que elas voltem em outubro, com mais sistemas de alta pressão atmosférica estacionados sobre o Brasil, até o final da primavera.

Outubro já é um mês naturalmente mais quente, com a primavera. Portanto, pode-se esperar temperaturas tão elevadas quanto as sentidas em setembro.

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Previsão de chuvas por regiões para os próximos 10 dias, segundo a Metsul

Norte

A região já passou pelo período mais chuvoso do ano, no inverno amazônico, que tem 60% a 70% da precipitação do ano. Agora, parte do Norte deve sofre com uma seca devido ao El Niño.

Chuvas devem ocorrer com mais intensidade oeste e sul do Amazonas, Acre e Rondônia, enquanto Pará e Tocantins devem ter precipitações irregulares.

Nordeste

A chuva será escassa em boa parte da região, com pancadas isoladas e passageiras, tanto no Agreste como na costa

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Centro-Oeste

Sofrendo com calor extremo e tempo seco, terá incidência de ar tropical com maior umidade, o que favorecer a ocorrência de chuva e temporais isolados. Uma frente fria provocada pelo ciclone que se formará na costa do Brasil aumenta a umidade na região, gerando pancadas fortes e temporais isolados, principalmente em Mato Grosso e Goiás.

Sudeste

O que se observa no Centro-Oeste se repete no Sudeste. Haverá presença de umidade sobre a região devido à frente fria e ao ciclone, que permitem que o ar tropical quente e úmido da Amazônia traga chuvas à região neste fim de setembro e começo de outubro.

Devem ocorrer precipitações diárias no Sudeste — mas não necessariamente em todas as cidades. A exceção é o norte de Minas Gerais.

Sul

É a região com mais chuvas nos próximos dez dias, devido à chegada do ciclone extratropical. Setembro é o mais chuvoso já observado em um século de dados no Rio Grande do Sul, com acumulados acima de 500 mm em muitas cidades.

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A baixa pressão traz chuva hoje em parte do Rio Grande do Sul, antes da formação do ciclone que gerará uma frente fria. Ela avança com chuva por Santa Catarina e Paraná na quarta. O Sul terá novas áreas de instabilidade entre sexta (29) e sábado (30), com o avanço de ar mais frio — o que se repete em outro episódio entre 3 e 4 de outubro, com mais chuvas.

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