Conteúdo publicado há 7 meses

Casal é preso suspeito de mandar matar empregado que exigia direitos

Um casal proprietário de um restaurante de Goiânia foi preso após a polícia suspeitar que ele teria contratado pessoas para agredir um ex-funcionário. O homem acabou sendo morto a facadas em um posto de gasolina da cidade.

O que se sabe:

Francisco Jefferson Xavier Silva, 40, foi esfaqueado e morto na madrugada de quarta-feira (20), em um posto de gasolina no Jardim Goiás. Vídeos de câmeras de segurança mostram o momento em que ele é abordado por dois homens.

Silva trabalhava como gerente de um restaurante de propriedade do casal que, segundo a polícia, foi preso sob suspeita de ter pagado para aplicarem uma "surra" no ex-funcionário.

O casal foi identificado como Caio Patrick Guimarães e Thage Mourthy. O UOL tenta localizar a defesa dos empresários.

Segundo a polícia, o empresário teria contratado dois homens para dar uma surra em Silva, que trabalhou no restaurante do casal como gerente, mas teria entrado em desavença com Guimarães. Os executores também foram presos. Eles não tiveram a identidade revelada.

Silva trabalhou por cerca de um mês no restaurante e acabou demitido. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, a vítima teria criado um grupo de WhatsApp onde pedia que outros funcionários entrassem com ações trabalhistas contra o empresário, exigindo registros em carteira.

Depois que Guimarães soube da existência do grupo de WhatsApp, teria decidido "dar uma surra" no ex-funcionário. Em depoimento, ele disse que pagou R$ 300 para uma pessoa em situação de rua cumprir o plano. Segundo a polícia, Thage teria feito um Pix como pagamento.

Segundo a polícia, o desconhecido teria aceitado e chamou um comparsa para ajudá-lo na tarefa. Porém, um deles teria se excedido durante a abordagem e acabou matando o ex-gerente a facadas.

Testemunhas afirmaram que Silva tentou buscar socorro em uma farmácia nas proximidades, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

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Segundo o delegado Vinicius Teles, além do casal, os dois executores foram presos e teriam contado diversos detalhes das circunstâncias do crime. Por essa razão, a Polícia Civil decidiu pela prisão temporária do casal de empresários.

O casal contratou os executores para, segundo eles, darem uma surra [no ex-funcionário]. Mas o contexto indica que há grande possibilidade de, a rigor, se desejar a morte da vítima ou, no mínimo, terem assumido o risco dessa morte acontecer
Vinicius Teles, delegado da Polícia Civil de Goiás

Segundo Teles, agora a polícia terá dez dias para concluir o inquérito, com algumas diligências a serem realizadas, mas ele acredita que as investigações serão finalizadas ainda esta semana.

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