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Sindicatos aprovam greve e Metrô, CPTM e Sabesp param nesta terça-feira (3)

Funcionários do Metrô de São Paulo e da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos) decidiram, na noite desta segunda-feira (2), manter a greve agendada pela categoria para esta terça-feira (3). Os funcionários da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) também decidiram que vão parar.

O que aconteceu:

A greve está prevista para começar à 0h de terça-feira (3) e terá inicialmente 24 horas de duração. A decisão da paralisação pelas três categorias foi feita de forma simbólica em assembleia. Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, pediu aos favoráveis à greve apenas que levantassem as mãos e, depois disso, disse que a paralisação já havia sido decidida previamente.

Antes da assembleia, a Justiça já havia determinado 100% de operação do metrô e da CPTM em horários de pico. O sindicato dos metroviários, por sua vez, prometeu mais cedo recorrer da decisão por considerá-la um "ataque ao direito constitucional de greve".

Haverá piquetes (bloqueios) nos seguintes locais:

  • Piquete da Central do Brasil: Suzano, Guaianazes, Itaim, Engenheiro Goulart e Brás.
  • Piquete dos ferroviários da cidade de São Paulo: Estações da Luz, Mauá (Linha 10-Turquesa), Pirituba (Linha 7-Rubi) e Francisco Morato (Linha 7-Rubi).
  • Piquetes dos metroviários: Pátio Jabaquara, Pátio Itaquera, Pátio Bélem, Pátio Oratório, Pátio Tamanduateí e estação Ana Rosa (Linha 1-Azul e Linha 2-Verde).
  • Piquete da Sabesp: Ponte Pequena (Avenida Santos Dumont); Costa Carvalho (Rua do Sumidouro); ABV (Avenida Santo Amaro) e Mooca (Rua Sebastião Preto).

Na assembleia, Lisboa comunicou que havia vans disponibilizadas para levar os funcionários até os locais de piquetes. "Nós vamos para o sindicato para fazer a maior greve da história de São Paulo", disse um dos presentes.

As categorias pedem o cancelamento, pelo governo do Estado, de todos os processos de privatização e terceirização do Metrô, da CPTM e da Sabesp; e querem a realização de um plebiscito com toda a população do estado sobre a privatização das três empresas públicas.

Após aprovação da greve, o governo de São Paulo anunciou que na terça-feira (3), às 7h, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e os presidentes do Metrô, da CPTM e da Sabesp farão um pronunciamento, no Palácio dos Bandeirantes (edifício-sede da gestão estadual), sobre a greve. Tarcísio deve detalhar as medidas de contingência para minimizar o impacto no transporte sobre trilhos e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.

Protesto contra plano de privatizações

Funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) agendaram greve conjunta para terça-feira (3).

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As categorias protestam contra o plano de privatizações de linhas metroferroviárias e da estatal de saneamento, uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas.

O governo classifica a mobilização como "política". Os sindicatos, por sua vez, afirmam que o objetivo é ampliar a participação da sociedade e evitar a piora dos serviços.

A Justiça já determinou 100% de operação do metrô e da CPTM em horários de pico. O sindicato dos metroviários, por sua vez, prometeu recorrer da decisão por considerá-la um "ataque ao direito constitucional de greve".

Com a possibilidade de greve, o governo de São Paulo já decretou ponto facultativo para amanhã (3) em todos os serviços públicos estaduais. Funcionarão normalmente apenas restaurantes, postos móveis do Bom Prato e os serviços de segurança pública.

A prefeitura da capital suspendeu o rodízio de veículos em São Paulo amanhã (3) por conta da paralisação. Por isso, veículos de placas final 3 e 4 poderão circular por todo o dia na capital.

Segundo o sindicato dos funcionários da Sabesp, não haverá interrupção no fornecimento de água durante a paralisação.

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Governo fala em greve 'ilegal e abusiva'

Em nota divulgada à imprensa no início da noite de segunda-feira (2), o governo de São Paulo disse que a atitude do sindicato "torna refém a população que precisa do transporte público".

A gestão estadual afirmou ser "absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão".

O governo citou que a greve foi convocada para que os sindicatos atuem "de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, se opondo a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas". A gestão ainda argumentou que está agindo de modo transparente e respeitando a legalidade na condução das propostas de parceria, concessão e desestatização.

O programa estadual de parcerias, concessões e desestatizações visa a melhoria na prestação dos serviços públicos aos cidadãos e está totalmente amparado pelas leis brasileiras. Assim, ao chantagear a população com greves ilegais, os sindicatos atentam não só contra a legislação vigente, mas também à ordem pública e ao aprimoramento das políticas públicas. (...) Os servidores da Sabesp, do Metrô e da CPTM merecem líderes sindicais que priorizem o respeito à legalidade e o atendimento à população.
Governo de São Paulo

*Com informações do Estadão Conteúdo

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