Médicos mortos: Crime político não seria minha 1ª hipótese, diz Alcadipani
Motivação política não deve ser a 1ª hipótese para investigar o assassinato dos três médicos ortopedistas mortos a tiros na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, explica Rafael Alcadipani, professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, durante participação no UOL News desta tarde de quinta-feira (5).
Acredito que, neste momento, é prematuro fazer qualquer tipo de ilação. São quatro pessoas mortas, é a reputação de quatro pessoas que está em jogo em um momento como este, na medida que as investigações do homicídio tendem a desvendar [o crime].
Se havia interesse em cometer esse atentado contra uma pessoa próxima à deputada, houve planejamento. O que me chamaria atenção é outras três pessoas entrarem e serem mortas por um grupo profissional.
Não se pode descartar nenhuma hipótese, a gente já tem esse trauma relacionado à crime político. Por ódio, é muito complexo o crime por matar apenas por ódio. Isso é obra de profissional, que tem motivo forte para executar esse trabalho. Será que afetar essa deputada seria um motivo forte o suficiente para isso? Só as investigações vão poder descortinar.
A mim, não chamaria a princípio a atenção de um crime político nesse momento. Tudo tem que ser verificado.
Ele justifica o motivo de não achar que o crime foi político.
Por que não me chama a atenção não ser um crime político? Porque o planejamento necessário para executar uma ação como essa, levar outras três pessoas em um crime que vai gerar repercussão e são médicos. Isso vai chamar atenção e, no mundo do crime, se sabe que a polícia vai atrás e a chance de prender é muito grande. Para mim, a questão política não seria a 1ª hipótese a ser levantada.
Dal Piva: União das polícias do RJ, SP e federal é positiva; não se pode perder tempo
A colunista Juliana Dal Piva considera positiva a união entre as polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo e a Polícia Federal para investigar o caso.
Todas as hipóteses precisam ser apuradas. Acho positivo, sim, que exista essa união de inteligências, de experiências, tanto da polícia do Rio de Janeiro quanto da polícia de São Paulo e a Polícia Federal. É para não perder tempo, as primeiras 48h logo após o crime são cruciais para o resultado e a elucidação da investigação.
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