Conteúdo publicado há 9 meses

Delegado defende integração em caso de mortes de médicos: 'Solução rápida'

O secretário de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado José Renato Torres, afirmou ter certeza de que "não ficará impune" o assassinato de três médicos nesta madrugada na capital fluminense, pela possível relação com dois parlamentares. Um dos mortos era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do também deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

O que disse a polícia

O chefe da Polícia Civil afirmou que o governador "pediu todo o empenho" para solucionar o crime. "Tenho certeza que esse crime não vai ficar impune com as demais parcerias", afirmou Torres.

Em conversa com o ministro da Justiça, entendemos que teríamos que ter uma cooperação e integração [entre as polícias] para dar uma solução mais rápida a este bárbaro crime.
Delegado José Renato Torres, secretário de Estado de Polícia Civil do Rio

Representantes da Polícia Civil, Polícia Federal e MP falaram à imprensa por cerca de cinco minutos nesta quinta-feira, mas não abriram espaço para perguntas dos jornalistas.

"Todos os recursos que forem julgados necessários, a Polícia Federal está à disposição para colaborar", garantiu o delegado João Paulo Garrido, da Superintendência da Polícia Federal no Rio. Segundo ele, a PF está atuando em cooperação com a Polícia Civil "desde as primeiras horas".

O que eu asseguro é que todos os protocolos de homicídios estão sendo adotados. A Polícia Civil está se utilizando de todas as ferramentas possíveis, para conseguirmos o máximo de provas o quanto antes, para dar a efetiva resposta a esse caso. É uma investigação de um crime grave, mas asseguro que todo o departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, e todas as unidades de Polícia Civil, estão empenhadas em resolver essa questão.
Delegado Henrique Damasceno, diretor do Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP)

O Ministério Público afirmou estar "desde o início da manhã em contato" com as polícias: "temos um promotor natural, Marcel Pereira da Costa Guedes, para promover as medidas necessárias para acompanhar a investigação bem de perto", explicou a promotora Adriana Lucas.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), também garantiu que o assassinato "não ficará impune". Ele determinou que a Polícia Civil empregue todos os recursos necessários para chegar à autoria do crime.

O crime

Os médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim estavam em um quiosque por volta das 00h59 quando foram mortos. Uma quarta vítima está internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge.

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Imagens da câmera de segurança mostram que os bandidos descem de um carro branco, se aproximam das vítimas e atiram. Eles não levam nenhum pertence e nenhum outro cliente do quiosque é ameaçado.

A Polícia Federal também vai apoiar as investigações porque um dos médicos, Diego Bomfim, é irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL). Ela é do mesmo partido de Marielle Franco, assassinada em 2018.

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