PM diz que financiador morto do PCC tinha explosivos e bloqueador de sinal
O homem que já figurou como um dos assaltantes de banco mais procurados do país estava com explosivos, pistola, colete à prova de balas e bloqueador de sinal de celular dentro do carro quando foi morto ontem à noite ao reagir a uma abordagem em Luziânia (GO), segundo a Polícia Militar.
O que aconteceu
José Carmo Pinto Silvestre, 54, conhecido como Pintado, trocou tiros com os agentes após reagir a uma abordagem quando conduzia uma caminhonete S10 branca, de acordo com a polícia. A área precisou ser isolada para a remoção de artefatos explosivos encontrados no carro conduzido por Pintado, em ação feita pela equipe de explosivistas do Bope, a tropa de elite da corporação.
A PM informou que Pintado chegou a ser conduzido a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Ele era suspeito de ter financiado o PCC comandando mega-assaltos aos moldes do "domínio de cidades" ou "novo cangaço". Esses crimes costumam ser cometidos por dezenas de pessoas armadas com fuzis, que fazem moradores reféns, enfrentam as forças de segurança e roubam instituições financeiras em cidades de pequeno e médio porte.
Com oito condenações e ficha criminal com mais de 30 crimes ao longo das últimas quatro décadas, Pintado foi preso em 2020 em Salvador após ser considerado foragido por 12 anos. Na época, ele figurava na lista dos criminosos mais procurados do país elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Pintado acabou sendo solto após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em outubro de 2020 devido a uma discussão sobre o reconhecimento fotográfico usado nas condenações. A decisão gerou críticas entre os juristas.
Mesmo solto, Pintado ainda respondia na Justiça por suspeita de envolvimento em crimes. Ele já foi investigado por crimes como assaltos a carros-fortes e sequestro de gerente de agência bancária em um roubo avaliado em mais de R$ 1 milhão há mais de 20 anos.
Preso em 1994, ele teve que ser internado para tratamento médico. Então, comparsas com fuzis e metralhadoras invadiram o hospital e o resgataram.
Em 19 de abril de 1999, sequestrou gerentes e caixas da agência de um banco depois do expediente. Em 2005, foi preso em Salvador com US$ 20 mil em espécie, joias, rádios para comunicação e armas de grosso calibre, como um fuzil 50, capaz de abater uma aeronave.
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