Conteúdo publicado há 6 meses

Militares cortaram luz e usaram carro oficial para furtar armas, diz TV

Militares desligaram as câmeras e usaram o carro de um diretor para furtar 21 metralhadoras de um quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo. Os detalhes da investigação foram obtidos pela TV Globo e divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Jornal Nacional.

O que se sabe

Investigações indicam que militares desligaram a rede elétrica de propósito. O apagão fez com que as câmeras de segurança do Arsenal de Guerra de Barueri (SP) parassem de funcionar. Segundo apuração da TV Globo, peritos do Exército encontraram impressões digitais de militares deste quartel em alguns quadros de energia.

Última inspeção no depósito de armas havia sido feita em 6 de setembro. A suspeita é de que o furto das metralhadoras aconteceu entre 5 e 8 de setembro, de acordo com o Exército.

Sumiço das metralhadoras só foi identificado mais de um mês depois. Em 10 de outubro, um subtenente viu sinais de arrombamento no depósito e percebeu que o lacre — que é numerado — havia sido trocado. Os militares encarregados de checar o lacre já estão sendo investigados, ainda segundo a TV Globo.

Peritos encontraram impressões digitais do motorista do então diretor do quartel. O cabo, cuja identidade não foi divulgada, não tinha autorização para circular pelo depósito de armas. Os investigadores acreditam que ele se aproveitou do "livre acesso" como homem de confiança do diretor, diz a reportagem.

Suspeita é de que motorista usou carro oficial para furtar as metralhadores. A principal linha de investigação indica que o cabo usou uma viatura do diretor para tirar as metralhadoras do quartel sem levantar suspeitas, de acordo com a TV Globo. Militares confirmaram à reportagem que o carro do diretor raramente é revistado quando entra ou sai do quartel.

Prisões

Há indícios suficientes para pedir a prisão dos suspeitos. Ao todo, sete militares de diferentes patentes — incluindo o motorista do diretor — estão sendo investigados, conclui a TV. Dezessete metralhadoras já foram recuperadas e quatro seguem desaparecidas.

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