Conteúdo publicado há 6 meses

Em nova operação, Exército e polícia não acham armas furtadas de quartel

Equipes da Polícia Militar e do Exército fizeram na manhã de hoje buscas pelas armas furtadas do arsenal de guerra de Barueri. Nada foi encontrado. A operação teve fim por volta das 9h.

O que aconteceu?

A operação conjunta foi feita na comunidade de Jardim Vila Galvão, em Guarulhos.

As buscas foram autorizadas pela Justiça Militar e contaram com cerca de 45 militares do Exército, informou o Comando Militar do Sudeste em nota.

Os policiais e PMs tentaram recuperar as quatro armas restantes furtadas no começo de setembro. Nada foi encontrado.

A Polícia Civil de São Paulo e o Exército acreditam que as quatro metralhadoras restantes estejam escondidas na Grande São Paulo. A suspeita de parte dos investigadores e dos militares é a de que as armas foram escondidas em Guarulhos.

Já uma outra linha de investigação acredita que o armamento foi enterrado em Osasco. Essa hipótese ganhou força em um setor da Polícia Civil após a interceptação da conversa telefônica entre um assaltante de banco e carros-fortes ligado ao PCC com outros criminosos.

O criminoso é monitorado pela Polícia Civil. Uma metralhadora calibre 50 foi apreendida meses atrás em um de seus endereços. O assaltante não chegou a ser preso, mas os agentes conseguiram rastrear o telefone celular dele, como divulgou esta coluna no último sábado.

Ao todo, 17 das 21 armas frutadas foram encontradas até o momento, oito estavam em uma comunidade na zona oeste do Rio de Janeiro, e nove em São Roque, no interior de São Paulo.

Seis oficiais foram presos preventivamente e 17 militares foram punidos por falha em fiscalização até o momento.

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O Comando do Sudeste informou que "as sanções aplicadas foram de um a vinte dias de prisão, à luz do Regulamento Disciplinar do Exército", mas não detalhou qual é a pena de cada um dos militares, nem se eles ficarão em celas.

Relembre o caso

A suspeita é que 13 metralhadoras .50 e oito de calibre 7,62 foram furtadas do arsenal de guerra em Barueri no dia 7 de setembro, quando foram desativadas as câmeras de segurança.

O sumiço só foi notado mais de um mês depois, em 10 de outubro.

A Secretaria de Segurança do governo paulista informou que as armas foram encontradas quando "estavam sendo negociadas nas duas principais facções do crime organizado do país, "o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio.

O comando do Exército trocou o diretor do arsenal de guerra de São Paulo, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União. Para o posto, foi nomeado o coronel Mário Victor Vargas Júnior.

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Militares na mira

Até agora três militares são suspeitos de envolvimento no crime. Caso seja comprovada a participação, eles serão processados por furto e associação à organização criminosa e deverão responder também a processo administrativo, cuja punição é a expulsão do Exército.

O furto e roubo de armas em unidades do Exército são recorrentes. Integrantes do PCC, com ajuda de militares, já levaram fuzis e munição de quartéis de São Paulo. O maior roubo até então — antes de Barueri — havia acontecido no 6º Batalhão de Infantaria Leve de Caçapava, no Vale do Paraíba. Foi em março de 2009. Ladrões levaram sete fuzis calibre 7,62. Os criminosos foram presos e as armas recuperadas.

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