Conteúdo publicado há 5 meses

Motorista agride idoso que pediu estorno de Pix de R$ 7 duplicado em SE

Um idoso de 73 anos foi agredido por um motorista de aplicativo ao exigir o estorno de um Pix de R$ 7 feito duas vezes para o pagamento de uma viagem no bairro Luzia, em Aracaju. O caso ocorreu ontem (20).

O que aconteceu:

Câmeras de segurança flagraram o homem (de camiseta escura) chutando o idoso, empurrando e dando um tapa, que derruba o aparelho celular do passageiro no chão. As agressões só param após duas pessoas intervirem.

O professor de matemática aposentado Wellington Menezes disse ao SE1 (TV Sergipe; afiliada à TV Globo) que o motorista se mostrou um cara "estranho" durante a viagem. Durante o trajeto, o idoso fez o Pix e questionou se o dinheiro referente ao valor da viagem tinha caído na conta e o homem disse que "não". Depois, o passageiro fez a transferência novamente.

Então, o passageiro viu a conta do banco e constatou a transferência realizada duas vezes. "Não se trata do valor. O valor de uma corrida é irrisório, mas é a questão é que eu fiz a transferência duas vezes e vou pedir o ressarcimento. Se eu compro um picolé de R$ 2 e dou R$ 4, o vendedor avisaria que eu dei R$ 2 a mais e devolveria o valor."

Após pedir o estorno de um dos Pix, o motorista teria mandado o Wellington resolver a questão com o aplicativo. O passageiro rebateu e apontou que seria necessário resolver com o condutor, já que o Pix foi enviado para a conta dele. Após ouvir outras frases, o docente disse que denunciaria o homem na polícia e foi tirar uma foto da placa do carro, momento em que se iniciaram as agressões.

A Polícia Civil confirmou ao UOL que investiga o caso após registro na 1ª Delegacia Metropolitana. O motorista já foi identificado e deve prestar depoimento na quinta-feira (23), segundo o delegado Everton Santos. O nome do motorista não foi divulgado.

A 99 afirmou que lamenta profundamente o caso. Em nota ao UOL, a empresa afirmou que bloqueou o agressor e que mobilizou uma equipe que fez contato com o passageiro e ofereceu acolhimento e informações acerca do acionamento do seguro para cobertura de despesas médicas. A empresa afirma também está disponível para colaborar com as investigações das autoridades.

Passageiro cita danos psicológicos

Wellington declarou que se sentiu "constrangido" e comentou que a agressão física não foi o pior — ele foi ao médico e não teve fraturas. O professor disse estar afetado com os danos psicológicos que a situação provocou nele.

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A gente nunca imagina que vai acontecer com a gente uma situação dessa. E aconteceu. Aí vem o trauma. Minha esposa passou o dia muito mal. O trauma que fica. A gente vê como a sociedade está exposta à atitude desse tipo. Um elemento desse prestando serviço público de relevância. Então, nós estamos expostos e sujeitos.
Wellington Menezes, passageiro

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