Conteúdo publicado há 11 meses

Famílias vão contratar mateiros para buscas a helicóptero que sumiu em SP

Familiares de passageiras e piloto do helicóptero que desapareceu em São Paulo decidiram contratar mateiros para ajudar nas buscas.

O que aconteceu

Familiares das duas passageiras se reuniram hoje no aeroporto Campo de Marte, de onde a aeronave partiu. A família de Letícia e Luciana Rodzewics foi convocada pela advogada da família do piloto Cassiano Tete Teodoro para a reunião que terminou com a decisão de contratar mateiros.

Dez dias após o desaparecimento e nove dias desde o início das buscas, ainda não foi localizado nenhum sinal da aeronave. "Precisamos de reforço. Os dias estão se passando, e as autoridades não falam nada. Por isso estamos indo para a região", diz Sílvia Santos, irmã e tia de passageiras do voo.

Mateiros são pessoas especializadas em vegetação fechada. A família não sabe quantos seriam necessários, nem quanto o serviço pode custar ou quem pagará.

A irmã de Raphael Torres, Herika Torres, disse que a família também faz buscas independentes. No entanto, eles não foram avisados sobre a reunião de hoje e o plano de contratar mateiros. "Não participei [da reunião], não fomos avisados. Temos voluntários ajudando a minha família na busca, por terra e também com alguns drones", contou Herika

O UOL tenta contato com a advogada do piloto. Caso tenha retorno, esta nota será atualizada.

Helicóptero desapareceu dia 31 de dezembro

FAB (Força Aérea Brasileira) e PM de São Paulo realizam buscas aéreas desde o dia 1º de janeiro. A operação para encontrar o helicóptero entrou no 9º dia nesta terça-feira (9).

Os helicópteros sobrevoaram as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga. O Corpo de Bombeiros também já verificou alguns pontos.

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Quem são os passageiros

O piloto Cassiano, e os passageiros Raphael, Letícia e Luciana Rodzewics
O piloto Cassiano, e os passageiros Raphael, Letícia e Luciana Rodzewics Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

Estavam a bordo do helicóptero Luciana Rodzewics, 46 anos, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20 anos, e Raphael Torres, amigo da família. Foi Raphael quem as convidou para o passeio bate e volta, segundo Silvia Santos, irmã de Luciana.

O piloto foi identificado como Cassiano Tete Teodoro, responsável pelo helicóptero. O UOL tenta contato com a empresa responsável pela aeronave e o espaço segue aberto para manifestações.

Passageiras gravaram vídeos com céu nublado

Luciana gravou um vídeo mostrando a decolagem e início do voo, ainda em São Paulo. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais dela.

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Letícia também gravou um vídeo mostrando o mau tempo. Ela enviou a imagem e mensagens ao namorado por volta de 14 horas do dia 31 de dezembro relatando que estava "perigoso", com "muita neblina" e que, por isso, voltariam para a capital.

Letícia mandou mensagens ao namorado e disse que a aeronave fez um pouso de emergência. Mensagens às quais o UOL teve acesso mostram que ele questionou onde o helicóptero estava, ao que a jovem respondeu: "Sei lá, amor. Tô parada no meio do mato."

"Tempo ruim. Não dá para passar. Pousamos no meio do mato", escreveu Letícia.

De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava regular para voos. Contudo, a operação para táxi aéreo estava negada.

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