Parque aquático onde mãe e filhos morreram eletrocutados não tinha alvará
O parque aquático onde uma mãe e dois filhos morreram eletrocutados, no domingo (4), não tinha alvará de funcionamento. A informação é do delegado Gabriel Fontana, à frente da investigação do caso.
O que aconteceu
Estabelecimento tinha cadastro para realizar "atividade de limpeza". Segundo o delegado, apesar de essa ser a atividade descrita no registro do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), tal função não foi identificada pela polícia. "De fato, na prática, tudo no local indica que se trata de um parque aquático, há diversas placas também", afirmou.
Piscinas foram construídas embaixo de postes de energia. Por volta das 14h de domingo, um galho teria rompido e caído sobre um cabo da rede elétrica. O cabo, por sua vez, também se rompeu e caiu na piscina.
Vinte pessoas estavam dentro da piscina. Três morreram e nove estão hospitalizadas. As vítimas eram da mesma família. A mãe, Roseli da Silva Santos, de 41 anos; a filha mais velha, Emily Raiane de Lara, de 23 anos, que estava grávida; e o adolescente Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17 anos. À imprensa, o responsável pelo parque informou que o local é cercado de árvores, que, por vezes, atingem a fiação.
O parque aquático funcionava em uma chácara particular na zona rural de Rio Branco do Sul (PR). "O local funcionava sem alvará de funcionamento para parque aquático, é uma propriedade particular, em que foram construídas piscinas há cerca de cinco anos", esclareceu Fontana.
A polícia realizou duas perícias no local. O delegado ressaltou que ainda no domingo foi realizada uma primeira perícia. Hoje, uma análise complementar foi feita com técnicos da Copel (Companhia Paranaense de Energia).
Os responsáveis pelo local e as testemunhas também serão ouvidos. Fontana esclareceu que as oitivas estão agendadas para a partir de amanhã.
A Prefeitura de Rio Branco do Sul afirmou que presta apoio às famílias e lamentou as mortes.
O UOL procurou a Copel para esclarecer se a rede elétrica passa por manutenção, mas não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
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