Conteúdo publicado há 8 meses

CFM cassa registro médico de Jairinho, que fica sem direito a recursos

O CFM (Conselho Federal de Medicina) cassou em definitivo, nesta terça-feira (20), o registro profissional do médico Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, preso por suspeita de matar o enteado, o menino Henry Borel.

O que aconteceu

Jairinho está proibido de exercer a medicina desde junho de 2021. Em março de 2023, o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro), por decisão unânime, cassou o registro profissional dele, mas sua defesa recorreu ao CFM. Agora, com a decisão do Conselho Federal, que confirmou a posição do Cremerj, Jairinho não pode mais recorrer junto ao órgão que regula o exercício da profissão.

Leniel Boriel, pai de Henry, celebra decisão do CFM. Em postagem no Instagram, ele escreveu que "hoje vimos mais um capítulo da justiça sendo feita pelo nosso Henry" e chamou Jairinho de "monstro cruel".

O médico e ex-vereador foi preso em abril de 2021, suspeito de matar o enteado, Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março daquele ano. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. A mãe da criança, Monique Medeiros, também foi presa pelo mesmo crime, suspeita de omissão.

Laudo do IML (Instituto Médico Legal) constatou que Henry sofreu hemorragia interna por laceração hepática em decorrência de uma ação contundente. Os exames no corpo da criança apontaram que ele sofreu 23 lesões.

Jairinho já havia tido o mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro em junho de 2021. Ele e Monique estão presos e respondem na Justiça do Rio pela morte do menino.

Ao UOL, o advogado de Jairinho, Claudio Dalledone, disse que "vai buscar, pelos meios legais, a reversão dessa decisão". Dalledone também ressaltou que, embora o CFM tenha mantido a cassação do registro, "metade das acusações contra ele foram negadas, sendo a principal delas no que refere a ação ou omissão" na morte do enteado.

Relembre o caso

Henry Borel morreu em 8 de março de 2021, aos 4 anos. Segundo a polícia, a criança sofreu 23 lesões por "ação violenta". A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente, afirma o laudo.

No dia da morte, o menino chegou a ser levado por Monique Medeiros e Jairinho ao hospital. Ambos alegaram que ele havia sofrido um acidente doméstico. Segundo o MP, porém, Henry foi morto por motivo torpe, já que Jairinho acreditava que o menino atrapalhava a relação do casal.

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