Sequestro e falência: a morte de uma família que abalou o Rio de Janeiro

Em 2003, o engenheiro Waldo de Carvalho Wunder, 57, matou a esposa e duas filhas. A tragédia aconteceu na Barra da Tijuca, bairro de classe média alta do Rio de Janeiro. Anos antes, ele foi sequestrado e viu a falência de suas empresas.

Crime que abalou o Rio de Janeiro

Crime aconteceu na madrugada de 27 de maio de 2003, na cobertura onde a família vivia. Segundo a Revista J.P, o apartamento no bairro de classe média alta tinha 500 metros quadrados e quatro suítes.

Na noite do crime, Wunder foi buscar a filha Mariana na casa de uma amiga. Também de acordo com a revista, o exame pericial revelou que ele executou a família de madrugada, enquanto elas dormiam. Ao todo, foram 18 disparos, a maior parte deles na região do rosto e do pescoço.

"O quadro que encontramos era muito impressionante, pavoroso", disse, na época, o delegado Carlos César de Mattos.

Detalhes do crime. Segundo o jornal O Globo, Wunder usou uma pistola calibre 9mm para matar a mulher, Paulette Kahane Wunder, de 48 anos, e as filhas Carolina, de 22, e Mariana Kahane, de 14. Em seguida, suicidou-se com um tiro de escopeta calibre 12.

Moradores do prédio se assustaram com o barulho e chamaram a polícia. Ainda de acordo com a publicação, vizinhos e amigos disseram que a família vivia em aparente harmonia. Carolina era estudante de odontologia na Universidade Estácio de Sá e Mariana estava na 8ª série do Colégio Carolina Patrício, uma escola cara, localizada na zona sul da cidade.

Sequestro e falência

Oito anos antes do crime, Wunder foi sequestrado. Durante o sequestro, ele ficou 15 dias preso em um cativeiro na Favela da Rocinha. O empresário foi torturado pelos criminosos e, mesmo depois de solto, continuou sendo ameaçado.

Ele pagou US$ 200 mil de resgate, ainda segundo a Revista J.P. Na época, a família concordou em negociar sem a interferência da polícia. Esse acontecimento o teria levado a adquirir as armas.

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Problemas financeiros. Também nos anos 1990, o empresário viu sua indústria de tintas falir. Depois disso, investiu em uma franquia de uma grife paulistana de roupas femininas —mas precisou fechar a loja menos de um ano depois. As dívidas ficaram próximas a R$ 1 milhão, e Wunder respondia na Justiça a processos de cobranças.

Procure ajuda

Caso você tenha pensamentos suicidas, procure ajuda especializada como o CVV (www.cvv.org.br) e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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