Conteúdo publicado há 8 meses

Casal que matou menina em SC forjou sequestro com carro de app, diz polícia

Presos pela morte da menina Isabelle de Freitas, 3, mãe e padrasto pediram um carro de aplicativo para reforçar a versão de que a criança tinha sido sequestrada e enganar a polícia.

O que aconteceu

O carro foi gravado por câmeras de segurança e o motorista foi ouvido por policiais. Ele contou que o padrasto da menina pediu a corrida, mas que ninguém entrou no veículo. A informação é do delegado Felipe Martins, de Indaial.

Após aguardar o passageiro por cinco minutos, o motorista foi embora sem levar ninguém. Além do motorista, outras 11 pessoas foram ouvidas durante as diligências policiais do caso.

Ao comunicar o desaparecimento da criança, a mãe da menina alegou que "um carro estranho cinza" esteve na frente da residência da família. Ela sustentou a tese do sequestro por dois dias, até confirmar, na segunda-feira (4), que cometeu o assassinato.

Inicialmente foi mantida uma narrativa bem próxima daquela inicial que eles contaram para a imprensa, de que a mãe da criança estaria lavando roupas, a criança na sala e que a criança, em determinado momento, teria desaparecido surpreendentemente. Quando a gente passa horas ouvindo, interrogando, a gente consegue verificar e desconstruir toda essa narrativa.
Felipe Martins, delegado de Indaial

Padrasto foi primeiro a confessar

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O homem contou que a criança foi espancada porque precisava ser "corrigida". Na versão dele, após bater na menina, ele deixou-a no quarto sozinha com a mãe. Ao voltar para o quarto, ele percebeu que ela estava morta.

Dificuldade de encontrar o corpo. A polícia foi duas vezes até o local onde o casal disse que escondeu o corpo, mas não conseguiu achar a criança. Ela só foi encontrada após o padrasto da menina ir até uma área de mata fechada com os policiais e apontar exatamente o ponto onde a enterrou.

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Marcas de sangue. Três gotas de sangue visíveis a olho nu foram encontradas no quarto da criança. Após aplicação do luminol, uma "grande quantidade" de manchas lavadas foram encontradas, afirmou o representante da Polícia Científica de SC em coletiva de imprensa.

As manchas ocultas também estavam perto da cozinha e do banheiro da residência. Até o momento, as identidades dos suspeitos não foram divulgadas. O UOL ainda busca a defesa deles.

Entenda o caso

O corpo da menina, até então dada como desaparecida, foi encontrado em Santa Catarina. A mãe e o padrasto dela foram presos e confessaram o crime na tarde de quarta-feira (6), após diligências policiais. A informação é a da Polícia Civil de Santa Catarina.

Isabelle de Freitas teve o desaparecimento comunicado na segunda-feira (4) à polícia de Indaial. A mãe dela afirmou que a menina foi sequestrada e levada em um carro. Após ouvir 12 pessoas, investigadores notaram contradições nas narrativas da mãe e do padrasto da menina.

Ao confessar o crime, o casal afirmou que Isabelle morreu após ser agredida por eles. Quando perceberam que ela estava sem vida, eles colocaram o corpo em uma mala e o enterraram nas imediações da BR-470.

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Câmeras de segurança da rua da família mostraram o momento em que eles levam e voltam com a mala usada para carregar o corpo. As imagens também foram usadas na investigação.

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