Lewandowski diz esperar anunciar fim do caso Marielle 'em breve'
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse hoje que espera anunciar "em breve" o desfecho das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A declaração foi entrevista ao jornal O Globo.
O que aconteceu
"Vamos resolver. As investigações estão avançando mesmo", falou Lewandowski ao jornal. "O inquérito é sigiloso e o ministro não se mete nos inquéritos que são levados, mas as notícias que temos é que nós vamos encontrar os criminosos. Espero poder anunciar isso em breve".
Assassinato completa seis anos hoje, e ainda não se sabe quem foram os mandantes. Em janeiro, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, disse que a corporação teria uma "resposta final" sobre o caso ainda no primeiro trimestre deste ano.
Inquérito foi enviado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) no ano passado, após suspeitas da participação do conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) Domingos Brazão no crime.
Ronnie Lessa teria fechado um acordo de delação premiada com a PF em janeiro deste ano, mas ele ainda precisa ser validado pelo STJ. Lessa é acusado de ser o executor do crime, ao lado de Élcio Queiroz, que conduzia o carro.
Assassinato completa seis anos hoje
Em 14 de março de 2018, Marielle e Anderson foram assassinados na região central do Rio. Eles voltavam de um evento em que a vereadora palestrou quando um Cobalt prata emboscou o carro em que estavam e 14 tiros foram disparados. Nada foi roubado.
Suspeitos de serem autores dos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz já estavam presos e ainda vão ser julgados.
Élcio firmou acordo de delação premiada com a PF e confessou ter participado do crime. Ele apontou que Ronnie Lessa foi o autor dos tiros.
Ainda não se sabe quem mandou matar Marielle Franco. Não há informações divulgadas até o momento que apontem se Queiroz e Lessa agiram sozinhos ou a mando de alguém.
A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).
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