GO: Advogados são presos suspeitos de levar bilhetes do PCC para detentos
Dois advogados foram presos preventivamente durante a operação Honoris Criminis, deflagrada pelo MPGO (Ministério Público de Goiás) na manhã desta sexta-feira (22).
O que aconteceu
Os advogados são suspeitos de levar bilhetes do PCC para detentos. Entre as mensagens, estava a ordem para os presos criarem falsas denúncias de tortura. A expectativa era de que as denúncias forçariam uma fiscalização dos presídios por entidades e, assim, seria possível flexibilizar regras internas nas prisões de segurança máxima de Goiás.
Havia um plano para interferir nas rotinas dos presídios. Os advogados passaram aos detentos informações sobre um plano que visava afetar a rotina de saídas para banho de sol e audiências.
Há indícios de que os suspeitos fazem parte da célula jurídica do PCC. Os advogados estariam se aproveitando dos direitos da profissão e usando os atendimentos em parlatórios —locais específicos para conversa entre presos e advogados — para transmitir os recados dos líderes da facção.
Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas nos municípios de Anápolis, Valparaíso de Goiás e no Distrito Federal. A operação contou com a atuação de promotores de Justiça, agentes da Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, policiais militares, civis e penais.
O UOL tenta contato com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Seção Goiás, que acompanhou o cumprimento dos mandados, segundo o MPGO. Se houver retorno, o texto será atualizado. Como o nome dos advogados presos não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa. O espaço segue aberto para manifestação.
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