MP denuncia policial que matou a tiros entregador em GO durante briga
O MP (Ministério Público) de Goiás denunciou o policial militar Roberval Crecêncio de Jesus por matar um entregador com um tiro à queima roupa durante uma briga.
O que aconteceu
Roberval está preso pelo crime cometido em 13 de março deste ano em Itumbiara (GO). Na avaliação do MP, o policial matou o entregador Lucas Botelho por motivo fútil e colocou em risco outras pessoas por atirar em local público.
A denúncia descreve que Roberval estava numa praça em frente a uma distribuidora de bebidas. Mesmo de folga, ele abordou um adolescente que fazia acrobacias com uma moto e avisou que chamaria um guincho.
Ao perceber a situação, o entregador resolveu remover sua moto, estacionada nas imediações. Roberval impediu a retirada segurando o veículo, que caiu no chão.
Começou uma discussão que evoluiu para briga, momento em que PM caiu no chão depois de perder o equilíbrio ao chutar o entregador. Roberval se levantou de arma na mão e ela estava carregada.
Roberval usou a mão que empunhava a arma e para bater em Lucas e houve um disparo. O entregador foi atingido e morreu. Um homem que gravava a cena falou que um "policial sem farda" batia no rapaz. Na sequência, ele se espanta ao perceber que o tiro foi dado.
O que diz a defesa
A moto do entregador estava com o chassis adulterado e este seria o motivo da resistência por parte do entregador. A informação é do advogado Adriano Calheiros, do Departamento Jurídico da Associação dos Sargentos e Subtenentes da PM e Corpo de Bombeiros. Ele faz a defesa de Roberval e enviou nota ao UOL.
A defesa argumenta que o entregador enfrentou o policial para não responder por um crime "ao ponto de jogar o PM ao chão e lesioná-lo". O advogado chamou o disparo de fatalidade e argumentou que o cliente tentava revidar a agressão sofrida.
A nota alega que não houve intenção de matar por parte de Roberval. Para embasar este argumento, a defesa ressalta que o PM chamou socorro e se apresentou de forma espontânea na delegacia.
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