Funcionária que desviou R$ 1 milhão teria apostado dinheiro, diz polícia

Uma funcionária que foi presa em Goiás suspeita de desviar R$ 1 milhão da empresa em que trabalhava teria usado o dinheiro para apostas on-line, segundo as investigações.

O que aconteceu

Juliana Lopes Campos, de 30 anos, teria usado parte do dinheiro desviado para apostas esportivas e em jogos de cartas. A delegada Tereza Nabarro informou ao UOL que ainda não se sabe se toda a quantia foi usada para isso. A Polícia Civil aguarda a aprovação da quebra de sigilo bancário.

Colegas de trabalho da empresa Duhellen Moda Intima contaram que Juliana apostava diariamente em jogos online. Segundo testemunhas, ela chegou a pedir empréstimos de diversas pessoas da empresa, totalizando uma dívida de milhares de reais. A chefe da funcionária emprestou R$ 15 mil a ela.

Juliana chegou a ensinar outros funcionários a apostar pelo aplicativo Bet Fast. A mulher dizia a eles que ganhava muito dinheiro com os jogos e fazia as apostas durante o horário de trabalho, diversas vezes ao dia.

Histórico mostra mais de 30 acessos em aposta online em um dia
Histórico mostra mais de 30 acessos em aposta online em um dia Imagem: Reprodução / Imagem obtida pelo UOL

Entenda o caso

Juliana trabalhava na área financeira e é suspeita de "maquiar" os desvios de valores da empresa alterando os destinatários das movimentações. Segundo informações da Polícia Civil de Goiás, ela realizava as transações fraudulentas "alterando apenas o nome do destinatário", e os valores em questão iam direto para a conta bancaria dela.

A funcionária era considerada ''de confiança''. A empresa Duhellen Moda Intima relatou aos investigadores que Juliana trabalhava há muitos anos. Entretanto, a chefe passou a suspeitar dos desvios porque o orçamento estava constantemente apertado, apesar de a empresa continuar faturando normalmente.

Funcionária desviava cerca de R$ 60 mil por mês. Ainda segundo a investigação, a suspeita é de que os desvios já aconteciam há alguns anos e totalizam cerca de R$ 991 mil.

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Juliana foi presa preventivamente. Um Habeas Corpus foi solicitado pela advogada Judy Almeida, que confirmou a versão das testemunhas sobre o vício em apostas da suspeita.

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