Ostentação e ligação com funkeiro: quem é o suspeito de ser agiota do PCC
Sedemir Fagundes, empresário suspeito de fazer parte de grupo de agiotas do PCC, foi preso a caminho do RS. Ligado ao funkeiro MC Paiva, ele ostenta uma vida de luxo nas redes sociais.
Quem é Sedemir Fagundes?
Natural de São José dos Campos, no interior de São Paulo, Sedemir Fagundes é suspeito de integrar uma rede de agiotas do PCC (Primeiro Comando da Capital). Grupo emprestou ao menos R$ 20 milhões a empresários na capital paulista e na região do Alto Tietê em 2023, segundo o Ministério Público.
Fagundes é empresário do funkeiro MC Paiva. O artista começou a carreira em 2020 e entre os seus sucessos estão as músicas "Casei com a putaria", "Bandido não dança" e "Doce veneno".
No Instagram, onde se apresenta como "Alemão" e criador de conteúdo digital, Fagundes acumula quase 40 mil seguidores. Já em seu perfil no Facebook, ele afirma ser empresário na MG, uma locadora de veículos para transporte executivo.
Ostentação e vida de luxo. Entre as publicações no Instagram, ele aparece dirigindo carros da marca Porsche e em passeios de lancha e jet skis. O suspeito também tem destaques mostrando viagens recentes para a Grécia, Inglaterra, França, Bélgica, EUA, Chile e Paraguai.
Seu último post no feed foi feito em 21 de abril. Na ocasião, Fagundes aparece fazendo um gesto de agradecimento ao lado de uma moto BMW R 1250, com o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida ao fundo.
O que aconteceu
Sedemir Fagundes, suspeito de integrar uma rede de agiotas do PCC, foi preso na manhã de ontem (7) em Tubarão (SC), quando estava a caminho do Rio Grande do Sul para auxiliar as vítimas da enchente, segundo o Ministério Público.
Suspeito postou vídeos e fotos nas redes sociais mostrando a moto aquática que seria usada em possíveis resgates no RS. A moto aquática foi apreendida na caçamba de um caminhão quando o empresário se deslocava para regiões atingidas pela enchente.
Na ação, agentes também apreenderam um tubo contendo cocaína, cheques, comprovantes de depósitos, munições e 11 relógios. Entre eles, dois Rolex. Segundo a investigação, o grupo atuava desde 2021. A prisão foi feita pela PRF catarinense, que apoiou a operação conduzida pelo MP e pela PM de São Paulo.
A rede de agiotas do PCC emprestou ao menos R$ 20 milhões a empresários na capital paulista e na região do Alto Tietê em 2023, diz o MP. O grupo emprestava dinheiro a até 300% de juros ao mês. Segundo a investigação, os suspeitos de integrar o grupo citavam a facção criminosa para intimidar e coagir as vítimas.
Ação em conjunto entre MP e PM de São Paulo prendeu mais oito suspeitos além de Sedemir. Na operação, também foram apreendidas seis armas —entre elas, um fuzil. Também foram apreendidos R$ 65 mil em dinheiro vivo cheque.
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