Conteúdo publicado há 6 meses

Caso brigadeirão: empresário havia relatado pressão de suspeita para casar

O administrador de imóveis Luiz Marcelo Ormond relatou a uma amiga que estava sendo pressionado pela namorada Júlia Andrade Cathermol Pimenta a casar. O empresário foi encontrado morto em seu apartamento em Engenho Novo, na zona norte do Rio de Janeiro, e a polícia suspeita que Júlia o tenha envenenado.

O que se sabe

Luiz Marcelo disse que Júlia estava na "maior pressão" para casar. Em áudio enviado a uma amiga e reproduzido na edição de segunda-feira (3) do "RJ1", da TV Globo, o empresário contou que a namorada havia ido a um cartório para "ver negócio de casamento".

"Eu estou segurando. Não vou fazer nada para ontem", completou. Luiz Marcelo reconheceu, porém, que era preciso "tentar". "Eu também tenho que ter uma companhia, né? Se eu morrer amanhã, minhas coisas ficam todas para o Estado. Não tenho ninguém para deixar minhas coisas", disse à amiga, cuja identidade não foi divulgada.

Delegado acredita que motivação do crime é econômica. Segundo Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), as investigações indicam que Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com Luiz Marcelo antes de sua morte. "Isso até robustece a hipótese de homicídio, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que esta união estável estivesse formalizada", explicou.

A gente tem que tentar, né? Mas assim, também não é nada para ontem, não. Ela [Júlia] que está na maior pressão para... Já viu, já. Já foi no cartório para ver negócio de casamento.
Luiz Marcelo Ormond, em áudio

Relembre o caso

Luiz Marcelo foi encontrado morto no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia. Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal), o empresário morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva, mas a polícia suspeita de envenenamento.

Empresário havia sido visto pela última vez em 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz Marcelo e Júlia deixaram a piscina e entraram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato e ela, uma cerveja. Em determinado momento, eles se beijaram.

Suposta conselheira espiritual de Júlia foi detida em Cabo Frio (RJ). Suyany Breschak, que se diz cigana, contou à polícia que Júlia matou Luiz Marcelo com um brigadeirão envenenado. Ela, que também teria ajudado Júlia a vender alguns bens da vítima, ainda acusou a suspeita de ser garota de programa e manter um relacionamento com outro homem, além de Luiz Marcelo.

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Júlia segue foragida; Disque Denúncia pediu informações. Qualquer informação sobre o paradeiro de Júlia pode ser enviada, de forma anônima, para os números (21) 2253-1177 (WhatsApp) ou 0300-253-1177 e no aplicativo Disque Denúncia RJ.

O UOL tenta contato com a defesa das duas suspeitas de envolvimento na morte de Luiz Marcelo. O espaço segue aberto para manifestação.

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