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Empresário que morreu em queda de avião comprou aeronave há menos de um mês

O engenheiro Antônio Augusto Castro Santos, 52, que morreu na queda de um avião de pequeno porte no norte de Santa Catarina, havia comprado a aeronave há menos de um mês. O piloto, Geraldo Claudio de Assis Lima, 66 anos, também morreu.

O que aconteceu

A identidade das duas vítimas foi confirmada por impressões digitais e arcada dentária. A informação é da Polícia Científica de Santa Catarina.

Aeronave foi adquirida por empresário e sócio para ser usada em viagens a trabalho. "Ele tinha comprado recentemente, tem duas semanas que estava com ela", disse o advogado Alaor Esteves, irmão de Augusto.

Família sabia que Augusto faria a viagem na aeronave. De acordo com Alaor, o outro ocupante era o piloto. A identidade dele ainda não foi confirmada por fontes oficiais. Os dois corpos foram encontrados carbonizados nas ferragens do avião.

Antônio Augusto de Castro era casado e deixa dois filhos. O empresário, que atuava na área de construção, era natural de Governador Valadares (MG) e sócio-diretor da Construtora Antônio Augusto Ltda.

Aeronave caiu em área de mata

Destroços da aeronave foram localizados na madrugada desta terça-feira (4). O avião modelo Baron 95-B55 e matrícula PS-BDW decolou de Governador Valadares pouco depois das 14h de ontem, e tinha previsão para pousar em Florianópolis por volta das 17h.

Vídeos divulgados pelo Corpo de Bombeiros mostram local do acidente. Equipes de resgate tiveram que percorrer cinco quilômetros de carro no meio da mata e andar por cerca de 400 metros para encontrar os destroços. Nas imagens é possível ver os bombeiros trabalhando com maquinário para tentar remover os destroços

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Bimotor perdeu contato com a torre de comando quando sobrevoava por Joinville e não tinha pouso previsto para o aeroporto da cidade. Em nota, a controladora do aeroporto de Joinville informou que o piloto entrou em contato com a equipe de controle aéreo por volta das 18h de ontem. O teor da conversa não foi divulgado.

Ainda não está claro o porquê de a aeronave ter optado por descer no aeroporto de Joinville, conforme os bombeiros. No momento da descida, o avião arremeteu e caiu na área limítrofe entre os municípios de Itapoá e Garuva.

O bimotor pertence a uma construtora mineira chamada Conserva de Estradas LTDA e comporta até seis pessoas, sendo um piloto e cinco passageiros. A empresa de Antônio Carlos é sócia da Conserva para um trabalho de construção civil em Joinville, apurou a reportagem. O UOL não conseguiu contato com a construtora. O espaço segue aberto para manifestação.

Avião caiu em uma aérea de difícil acesso. Segundo os bombeiros, o local do acidente é de mata fechada e ribanceira. Equipes da FAB (Força Aérea Brasileira), do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e das polícias Civil e Científica de Santa Catarina estão no local.

Aeronave tem situação regular para fazer voos, mas sem permissão para táxi aéreo, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação).

Acidente é investigado pelo Cenipa. Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos informou que "a conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes" para a queda do bimotor.

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