Caso brigadeirão: armas roubadas de empresário foram vendidas, diz polícia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que as armas roubadas do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, encontrado morto após supostamente ser envenenado com um brigadeirão pela namorada Júlia Andrade Carthemol, foram vendidas.

O que aconteceu

As duas armas que pertenciam a Luiz Marcelo desapareceram após a morte dele. Para os investigadores, a principal suspeita do crime, Júlia, entregou as armas para a mulher apontada como mentora intelectual do assassinato, Suyany Breschak, que as teria revendido para uma terceira pessoa ainda não identificada.

Polícia instaurou inquérito à parte para investigar sumiço das armas. As duas pistolas estavam legalmente registradas no nome de Luiz Marcelo e foram subtraídas do apartamento da vítima após o assassinato, afirma a investigação.

Principal suspeita se entrega

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, 29, era procurada pela polícia por suspeita de envolvimento na morte do namorado. Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia.

Dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado, Júlia prestou depoimento e foi liberada. O mandado de prisão foi expedido após a oitiva, mas a suspeita não havia sido mais localizada. Um cartaz com a foto da mulher chegou a ser veiculado pelo Disque Denúncia RJ para pedir informações sobre o paradeiro dela.

A Polícia Civil investiga se Júlia colocou um medicamento à base de morfina no doce que teria causado a morte do companheiro. Ela teria comprado o remédio duas semanas antes do crime. A suspeita surgiu após depoimento de Suyany Breschak, conselheira espiritual de Júlia, presa por suspeita de envolvimento no crime.

A defesa de Júlia ainda não foi encontrada para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para a manifestação.

Relembre o caso:

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O corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento. O imóvel fica localizado no Engenho Novo, na zona norte do Rio. Conforme o laudo do Instituto Médico Legal, o homem morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva. As informações são do RJTV, da TV Globo.

Júlia teria permanecido no apartamento da vítima por dias. O delegado Marcos Buss disse que o caso é "aberrante" e evidencia extrema "frieza". "Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima com o cadáver por cerca de três a quatro dias. Lá, ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, descido para a academia, se exercitado", disse. Para a polícia, o crime foi premeditado e teria interesse financeiro.

Outra mulher foi presa no dia 29 por suspeita de envolvimento no crime. Suyany Breschak, suspeita de ajudar Júlia a vender alguns bens do empresário, relatou em depoimento que a namorada de Luiz seria garota de programa e tinha uma dívida de R$ 600 mil com ela.

Advogado de Suyany diz que ela tinha apenas interesse financeiro no caso e não na morte do empresário. Ao UOL, o advogado Etevaldo Tedeshi apontou que entrou com pedido para a cliente responder em liberdade e reforçou que ela não tem qualquer envolvimento no crime.

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