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Brigadeirão: Suspeita queria ganho financeiro, não morte, diz advogado

Suspeita de envolvimento na morte de Luiz Marcelo Ormond, que teria comido um brigadeirão envenenado, a conselheira espiritual Suyany Breschak tinha apenas interesse financeiro no caso, e não na morte do empresário, disse o advogado Etevaldo Tedeschi em entrevista ao UOL News nesta terça (4).

Luiz Marcelo foi encontrado morto em seu apartamento no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a defesa de Suyany, a conselheira espiritual contou à polícia que Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada do empresário, teria colocado uma dose elevada de remédios de tarja preta no doce.

É importante destacar que Suyany tinha interesse que o relacionamento [entre Júlia e Luiz Marcelo] se mantivesse. Por isso, ela teria esse contato com a Júlia, para fazer aquelas amarrações amorosas e trabalhos espirituais.

Entendo que Suyany tinha interesse na permanência do relacionamento porque, financeiramente, era bom para ela. Daquilo que ouvi, a vítima era bastante generosa com a namorada. Etevaldo Tedeschi, advogado de Suyany Breschak

Segundo depoimento, Suyany disse que Júlia seria garota de programa e teria uma dívida de R$ 600 mil com ela. O advogado da conselheira espiritual disse que um veículo no nome de Luiz Marcelo teria sido passado para a conselheira espiritual como parte do pagamento deste valor.

Não faço a mínima ideia de quanto custam esses trabalhos. Essa relação [de Suyany com Júlia] não parece ser só de agora, mas já de muitos anos. Achei o valor muito expressivo, mas foi o que Suyany disse.

A Júlia teria passado esse veículo para Suyany como parte do pagamento dessa dívida. O carro estava no nome da vítima, já com o documento para ser transferido para a Júlia; porém, não foi assinado.

Se o veículo foi entregue pela Júlia, tudo o que Suyany queria era um recibo de transferência, e não algo que não se transfira. Há muita especulação e muita gente querendo incriminar a Suyany, mas ela tinha interesse só financeiro, jamais na fatalidade. Etevaldo Tedeschi, advogado de Suyany Breschak

Tedeschi relatou que entrou com pedido para Suyany responder em liberdade e reforçou que sua cliente não tem qualquer envolvimento no crime.

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Ela não tem participação alguma no crime de homicídio e está em prisão temporária, decretada pela Justiça do Rio de Janeiro, para que possa esclarecer o que sabe dos fatos.

Inicialmente, quando foi chamada à delegacia em Cabo Frio, ela prestou as informações que sabia e que foram bastante esclarecedoras. Não se pode confundir uma informação prestada por alguém que quer contribuir com a Justiça com participação na morte.

Ela disse que havia uma grande possibilidade [de Júlia ter matado Luiz] por conta do que a Júlia lhe havia dito. Foi o que eu entendi do processo. Etevaldo Tedeschi, advogado de Suyany Breschak

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