Jovem atacada com soda cáustica na rua recebe alta do hospital

Isabelly Ferreira, vítima de um ataque com soda cáustica no fim de maio, recebeu alta no sábado (8) do Hospital Universitário da UEL (Universidade Estadual de Londrina), no Paraná.

O que se sabe

Isabelly recebeu alta 18 dias após o ataque. Ela chegou a ficar entubada e em coma induzido na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após sofrer lesões graves dentro da boca. Parte do peito dela também foi atingido pela soda.

Médicos tinham receio de que soda cáustica poderia ter afetado órgãos internos de Isabelly, o que não aconteceu. A informação foi confirmada pela mãe dela, Regiane Ferreira, no programa Encontro da TV Globo.

Dois dias após o ataque, uma mulher identificada como Débora Custódio confessou o crime e alegou ciúmes da vítima. Ela relatou à polícia que Isabelly teria se relacionado com um ex-namorado dela.

Como a polícia localizou a suspeita

Diligências foram feitas com ajuda de imagens de câmeras de segurança. Imagens do dia 22 de maio mostram Isabelly na rua após sair da academia. Ela é atacada por uma pessoa usando uma peruca loira.

Um dia após o crime, familiares da suspeita prestaram queixa sobre o desaparecimento dela. "Relataram que ela tinha desaparecido, não retornava para casa desde o dia dos fatos, que não era comum, porque ela era muito zelosa com os filhos", explicou a delegada Caroline Fernandes.

Buscas começaram a casa da suspeita. No local, a polícia encontrou as roupas e a peruca usadas no dia do crime. "A avó [da suspeita] foi questionada e disse que tinha duas perucas em casa. Mas notou que uma havia sido levada pela neta, justamente na manhã que antecedeu o crime".

Mulher estava escondida em matagal desde o dia do crime. A Polícia Militar disse que ela foi encontrada após pedir socorro no pátio de um hotel do município e apresentou uma história incoerente, contando aos militares que era perseguida por homens.

Suspeita disse aos policiais que substância jogada na vítima era mistura de soda cáustica com água. Ela apontou aos policiais onde comprou a substância —o hidróxido de sódio é uma base e não um ácido.

MP ofereceu denúncia contra Débora Custódio por tentativa de homicídio qualificado. Os advogados dela, Jean Campos e Laís Vieira, consideraram que a representação é "exagerada" e "movida por comoção social". Eles dizem que a denúncia "carece de elementos essenciais para uma adequada representação do ocorrido" após análise dos fatos e circunstâncias.

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