Deputado é atingido por arma de choque durante protesto em São Paulo; vídeo
O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT-SP) foi atingido por uma arma de choque de um policial militar durante um protesto em frente a uma agência do banco Santander, nesta quinta-feira (22), em Santo Amaro, zona sul de São Paulo.
O que aconteceu
Um vídeo compartilhado pelo deputado nas redes sociais mostra o momento em que ele é atingido. Marcolino aparece com bancários sendo empurrado por policiais militares, quando um dos agentes mira em direção ao parlamentar.
É possível ouvir o deputado gritando. "Não precisa disso", diz um homem. "O que é isso? É deputado estadual", grita outro manifestante.
Marcolino foi atingido durante um protesto organizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo. Os manifestantes faziam um ato no "Dia Nacional de Luta", reivindicando o fim de terceirizações no setor bancário.
A bancada da Federação PT/PCdoB/PV, na Alesp, repudiou o episódio. "Infelizmente, não é o primeiro episódio de violência praticado contra parlamentares, no uso de suas prerrogativas, atacados de forma violenta por agentes de segurança que deveriam proteger todo e qualquer cidadão. A livre manifestação é um direito conquistado na democracia."
Ação da PM
Santander acionou a Polícia Militar, que teria agido com violência, segundo os manifestantes. "A Polícia chegou agredindo fisicamente as pessoas com cassetete e gás de pimenta. Cenas fortes de desrespeito e violência", contou a secretária-geral do Sindicato, Lucimara Malaquias.
Vídeos mostram pessoas sendo empurradas por agentes da PM e sendo atingidas com armas de choque. Segundo Lucimara, alguns dos presentes ficaram machucados, passaram mal e precisaram ser levados ao ambulatório. Uma mulher apareceu em cadeira de rodas sendo atendida por bombeiros.
Um membro do Sindicato foi detido durante a ação e encaminhado ao 11º DP. Horas depois, foi liberado, segundo a associação. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o homem foi preso após agredir militares, que teriam sido recebidos com "hostilidade".
SSP disse que agentes precisaram usar ''técnicas de controle de distúrbios'' para conter manifestantes. ''Os PMs foram acionados para garantir o direito de ir e vir dos funcionários de uma instituição bancária que estavam sendo proibidos de entrar no local de trabalho'', afirmou em nota. Corporação está acompanhando o caso.
Ouvidoria da PM diz que abriu procedimento. Em nota, a Ouvidoria informou que pediu providências à Corregedoria, além de imagens das Câmeras Operacionais Portáteis e das câmeras do local. "Ainda oficiaremos o Ministério Público do Trabalho manifestando nossa preocupação com as eventuais irregularidades cometidas", diz o texto.
Ao UOL, o Santander disse que "respeita todas as manifestações democráticas e preza pela garantia da segurança de seus colaboradores e o entorno."
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