Liderança do PCC que planejava fuga de Marcola é presa em ação do MP
Uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Militar, nesta quarta-feira (11), prendeu uma liderança do PCC e cumpriu oito mandados de busca e apreensão na região de Sorocaba, interior de São Paulo. O objetivo é desarticular um núcleo da facção criminosa designado para "resgatar" o líder Marcola da prisão.
O que aconteceu
O alvo principal da ação é Ivan Garcia Arruda, o "Degola". Ele seria responsável por coordenar uma ramificação do grupo "Restrita Tática", da facção criminosa. Entre os itens apreendidos pelos agentes estão duas armas e munições.
Suspeito convocava criminosos para resgatar integrantes presos da cúpula da organização criminosa paulista, segundo o MP. Entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que está no presídio federal de Brasília.
Plano de resgate de Marcola intensificou a disputa por poder na cúpula da organização criminosa, ainda segundo o MP. Esses movimentos se intensificaram neste ano, de acordo com as investigações.
O grupo alvo da operação desta quarta também seria responsável por organizar ataques contra forças de segurança do estado de São Paulo.
O UOL não conseguiu localizar a defesa de Ivan Garcia Arruda. O espaço segue aberto para manifestação.
'Novo cangaço'
Na terça-feira (10), a atuação do PCC foi alvo de outra investigação do MP-SP, desta vez em parceria com a PF. Um vídeo obtido pelo UOL mostra CACs treinando membros da facção criminosa para ações aos moldes do "novo cangaço".
Dois suspeitos de integrar o grupo. Elaine Souza Garcia e Diogo Ernesto Nascimento Santos foram presos preventivamente pelos crimes de organização criminosa e lavagem de capitais. Segundo a investigação, a eles integram uma quadrilha especializada em ações com armas de grosso calibre e veículos blindados para enfrentar as forças de segurança, cercar rodovias e atacar instituições financeiras.
Elaine aparece em um dos treinamentos e recebe elogios. Com um fuzil e com o auxílio de uma mira telescópica, a suspeita dispara, acerta o alvo e recebe elogios em um estande de tiros a céu aberto em uma área de mata. A cidade e data do vídeo não foram informadas.
Treinamento foi feito com orientação de CAC. De acordo com a investigação, as orientações foram dadas por Otávio Magalhães, que possui registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Ele foi preso em uma operação em maio deste ano em operação em conjunto entre MP e PF por suspeita de fornecer treinamentos, armas e munições ao grupo.
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