Pichação contra árabes se soma a outros atos racistas na PUC, diz professor
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A pichação contra árabes feita em um dos banheiros da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) se soma a outros atos racistas ocorridos na instituição, denunciou o professor Reginaldo Nasser no UOL News, do Canal UOL.
Eu não quero ver essa manifestação dirigida a árabes como algo particular, como algo pontual. O que está acontecendo de racismo contra negros e pobres na PUC é muito mais grave. Essa acho que vem a se somar a isso. Reginaldo Nasser, professor da PUC-SP
Um dos banheiros do campus da PUC-SP, em Perdizes, área nobre localizada na zona oeste da capital paulista, foi pichado hoje com ameaças e mensagens de ódio contra árabes. O caso foi divulgado inicialmente por entidades em defesa do povo palestino e confirmado pela direção da instituição, que disse repudiar este tipo de manifestação em nota enviada ao jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, a frase "a PUC não é para árabe" foi escrita perto de outras em que se lê "a PUC é nossa" e "a reitoria é nossa". Em outra frase, o autor diz querer "limpar o PRI" (Programa de Relações Internacionais), do qual o professor Nasser faz parte.
Ao Canal UOL, Nasser —que tem ascendência árabe e se dedica há 35 anos a estudos de conflitos internacionais e da geopolítica do Oriente Médio— disse ter ficado assustado.
Há 85 anos que eu dou aula na PUC, é a primeira vez, nunca tive nenhum problema, por isso que começa a assustar.
A PUC, a USP ou qualquer outra universidade não estão fora da sociedade. Elas refletem a sociedade, fazem parte da sociedade. A diferença é que esses racistas não se manifestavam. Essa era a questão, não se manifestavam. Nas aulas não se manifestavam nos corredores, nem nos banheiros.
Mas acredito que tenha alguma mudança aí. Eu não sei explicar qual. Eu diria que, na percepção dessas pessoas, elas estão se sentindo mais fortes, empoderadas para agir. Reginaldo Nasser, professor da PUC-SP
Conforme mostrou a Folha, a PUC concluiu recentemente um processo de investigação de denúncias de antissemitismo feitas contra alunos e dois professores do curso de Relações Internacionais, Bruno Huberman e Reginaldo Nasser.
As denúncias chegaram à Fundasp, (Fundação São Paulo), mantenedora da universidade, por meio da Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo). Ao final da sindicância, a PUC afirmou não ter identificado situações que justificassem a aplicação de medidas disciplinares aos investigados.
Líder do PT: 'Eduardo Bolsonaro quer difamar o Brasil'
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pediu licença do cargo para morar nos Estados Unidos, quer o afastamento para difamar o país e reforçar a narrativa contra a Justiça brasileira, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder da bancada do PT, em entrevista ao UOL News.
Nós temos visto essa posição do Eduardo Bolsonaro como uma estratégia para difamar o país, passar a ideia de que nós estamos em um regime totalitário. Ele está tentando reforçar a narrativa de que o Judiciário brasileiro está perseguindo o [ex-presidente Jair] Bolsonaro e que eles estão sendo perseguidos.
Eles estão tentando passar uma imagem de que nós somos um país que não está vivendo plenamente o Estado Democrático de Direito. Não se trata de uma estratégia de fuga ou qualquer coisa do tipo. É uma estratégia bem pensada no sentido de difamar ou de macular a imagem da nossa democracia.
Rogério Carvalho, líder do PT no Senado
Eduardo anunciou ontem que irá pedir licença do mandato de deputado e continuar nos Estados Unidos, por meio de vídeo publicado nas redes sociais. O político e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que continuará no país para buscar punições contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ao fazer o anúncio, Eduardo disse também que não irá receber o seu salário como parlamentar. Até às 17h, no entanto, ele ainda não havia apresentado à mesa diretora da Câmara o pedido de licença anunciado.
Josias: 'Gusttavo Lima fez jogada de marketing'
No UOL News, o colunista Josias de Souza afirmou que o cantor sertanejo Gusttavo Lima fez jogada de marketing ao sugerir que entraria para a política e se candidatar à Presidência da República, em 2026.
Estava previsto isso... Estava escrito nas estrelas. Ele fez uma jogada de marketing. Ocupou o noticiário, disse que gostaria de ser não só um cabo eleitoral. E o Gustavo Lima foi como que, premido pelas circunstâncias, a interromper a sua encenação. Josias de Souza, colunista do UOL
Após revelar a intenção de disputar a Presidência da República na próxima eleição, o músico afirmou hoje, em vídeo publicado nas redes sociais, que desistiu da candidatura nas eleições de 2026. O artista disse ainda que vai se concentrar na carreira internacional e criará o Instituto Embaixador para realizar ações sociais.
Assista ao comentário no vídeo abaixo:
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