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Especialistas que ouvi recomendaram adiamento das eleições, diz Barroso

Roberto Barroso, ministro do Supremo e presidente do TSE - Nélson Jr./SCO/STF
Roberto Barroso, ministro do Supremo e presidente do TSE Imagem: Nélson Jr./SCO/STF

Do UOL, em São Paulo

28/06/2020 09h40

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, afirmou que especialistas ouvidos por ele recomendaram um adiamento das eleições municipais previstas para este ano, devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista à GloboNews, o ministro do STF (Superior Tribunal Federal) afirmou que tem conversado com especialistas da área médica e que ouviu uma opinião consensual.

"O TSE não tem nenhuma preferência por data de eleição. Mas ouvi diversos médicos, em diversas especialidades, e todos eles consensualmente recomendaram o adiamento em algumas semanas, pela convicção que eles têm de que no fim de setembro a doença já estará em uma curva decrescente", afirmou Barroso.

"Nós então teríamos algumas semanas de doença com número de casos diminuindo e poderíamos fazer as eleições com maior segurança", acrescentou ele.

Sobre o projeto para mudança das eleições de outubro para novembro, ele concordou e afirmou que ele "atende às necessidades de saúde pública da população brasileira".

Uma das medidas que Barroso quer colocar em prática nesta eleição, para evitar aglomerações, é ampliar o horário para ocorrer das 8h às 20h, com escalas escalonadas para votação, de acordo com a idade do eleitor.

Barroso negou que haja problemas com a Constituição. "É uma emenda apenas no ato das discussões constitucionais transitórias, só para este ano, e que não interfere em nada com a Constituição. Por que vão haverá prorrogação de mandatos. A grande preocupação era não prorrogar mandatos, então dia 1º de janeiro, pretendemos dar posse a todos os eleitos", opinou Barroso.

O presidente do TSE afirmou que haverá uma cartilha para uma votação mais segura para mesários e eleitores. "É uma preocupação quase que obsessiva do TSE garantir a segurança da população. O país está sem dinheiro. Portanto, vamos buscar na sociedade doações para realizarmos as eleições com toda a segurança."