Russomanno tem 24% das intenções de voto e Bruno Covas 18%, aponta Ibope
Pesquisa Ibope divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) aparece com 24% das intenções de voto à Prefeitura de São Paulo. O prefeito Bruno Covas (PSDB), que busca a reeleição, tem 18%. É a primeira pesquisa feita desde a confirmação dos candidatos à eleição municipal.
Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, Russomanno oscila entre 27% e 21% das intenções de voto e Covas, entre 15% e 21%. Portanto, eles estão tecnicamente empatados.
Em seguida, aparecem Guilherme Boulos (PSOL), com 8% das intenções e Márcio França (PSB), com 6%.
Arthur "Mamãe Falei" do Val (Patriota) e Joice Hasselmann (PSL) têm 2% das preferências.
Andrea Matarazzo (PSD), que já esteve à frente da Subprefeitura da Sé, surge com 1% das intenções de voto, assim como Filipe Sabará (Novo).
O PT, que concorre com Jilmar Tatto, também tem 1% das intenções de voto. Outros candidatos com a mesma marca são Levy Fidelix (PRTB), Marina Helou (Rede), Orlando Silva (PCdoB) e Vera Lúcia (PSTU). O candidato do PCO, Antonio Carlos Silva, teve menos de 1% da intenção de votos, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Brancos e nulos somam 23% das intenções de voto. E 10% dos entrevistados declararam que não sabem em quem votar ou não responderam.
Levando em consideração a margem de erro, Boulos oscila entre 11% e 5% das intenções de voto e fica empatado tecnicamente com Márcio França (9% a 3%), Arthur do Val e Joice Hasselmann, que podem alcançar 5%.
Márcio França flutua entre 9% e 3% das intenções de voto, e, além de empatar tecnicamente com Boulos, Arthur do Val e Joice, ele também fica com a taxa próxima dos candidatos menos citados, dentro da margem de erro.
Registro
A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº SP-04089/2020. Foram entrevistadas 1.001 pessoas entre os dias 14 e 20 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança estimado é de 95%. O contratante foi a Associação Comercial de São Paulo.
Rejeição
Os eleitores também foram questionados sobre em quem não votariam de jeito nenhum. Russomanno e Covas também aparecem na frente: o atual prefeito surge com 30%, enquanto o deputado aparece com 24%.
Boulos tem 13% de rejeição, e Márcio França, 10%.
Perfil dos eleitores
Russomanno tem boa parte do seu apoio entre os mais pobres, com 31% de preferência entre eleitores com renda familiar de até um salário mínimo.
Ele também tem melhor desempenho entre os mais jovens, os menos escolarizados e os que se declaram pretos ou pardos. Além disso, ele lidera junto ao eleitorado evangélico, com 34%, 20 pontos porcentuais à frente de Covas.
O atual prefeito tem 24% das intenções de voto entre os eleitores que têm renda familiar superior a cinco salários mínimos, e 17% entre os que ganham até um salário. Ele aparece à frente de Russomanno na faixa do eleitorado mais velho, de 55 anos ou mais, com 25% das intenções de voto, contra 18% do deputado federal.
Candidato pela esquerda, Boulos aparece com apenas 2% das intenções de voto na parcela da população que ganha até um salário mínimo —o número vai a 17% entre os que ganham mais de cinco salários. Entre quem tem curso superior, os que declararam que devem votar em Boulos chegam 15%. Já entre os que estudaram até o ensino fundamental, o candidato aparece com 1% das intenções.
Pouco interesse
De acordo com O Estado de S. Paulo, a pesquisa indica certo desinteresse na eleição, que foi adiada de outubro para novembro por conta da pandemia do novo coronavírus.
Em pesquisa espontânea, quando o entrevistado revela a escolha antes mesmo de receber um disco de papel com o nome dos candidatos, 56% dos eleitores se declaram indecisos. Já 22% afirmam que votarão nulo ou em branco.
O número é maior que o anotado na primeira pesquisa da campanha eleitoral de 2016, quando os indecisos correspondiam a 45% dos entrevistados.
Já na pesquisa estimulada, quando o eleitor recebe a lista de candidatos, os indecisos ficaram em 10%, mais que o dobro do verificado há quatro anos.
Brancos e nulos
Alfredo Cotait Neto, presidente da Associação Comercial de São Paulo, que contratou a pesquisa, alertou para a soma das taxas de indecisos e brancos ou nulos chegar a um terço do total neste levantamento.
"É um número maior até que o dos dois primeiros colocados na pesquisa. É importante que os munícipes de São Paulo prestem mais atenção nas propostas dos candidatos, muitos deles desconhecidos do grande público, para que os eleitores possam exercer sua cidadania com consciência", afirmou ele ao jornal.
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