Joice chama Márcio França de 'gângster' e nega favoritismo de Russomanno
Escolhida pelo PSL como candidata à Prefeitura de São Paulo, a deputada federal Joice Hasselmann fez duras críticas a adversários em entrevista concedida hoje ao Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan. Um dos mais atingidos pelas palavras da parlamentar foi Márcio França, representante do PSB no pleito.
Ao citar a disputa judicial entre ela e França, envolvendo um vídeo publicado nas redes sociais, Joice disparou contra o concorrente: "É gângster. Fiz um vídeo, chamei ele de gângster, falei que ia mostrar tudo o que ele tem nas gavetas e vou mostrar. Ele entrou na Justiça, tiraram o vídeo do ar, mas eu ganhei e vou republicar [...]. Além de gângster, é psicopata. Ele realmente passa que é bonzinho, mas, quando você vê, é ex-líder do Lula e amigão do José Dirceu".
Após o programa, França respondeu à candidata, em uma nota enviada por sua assessoria de imprensa: "Joice Hasselmann não tem uma proposta para a cidade de São Paulo e se mostra mais preocupada em atacar do que em resolver os problemas da população. É uma marionete de João Doria e não acrescenta nada para o debate político com atitudes desse tipo. Enquanto ela esbraveja, eu ouço a população e busco criar um plano de recuperação para a cidade".
Ela também falou sobre Guilherme Boulos, que concorrerá pelo PSOL. Disse que, caso seja eleita, vai combatê-lo mesmo após o pleito: "Ele é invasor de propriedades. No meu mandato, a primeira invasão que o Boulos organizar, ele vai ser processado e preso. Já avisei, não tem conversa com invasor. Não vou flertar com o crime organizado. Ele é o maior risco para São Paulo".
Favoritismo de Russomanno e Covas
Joice também comentou sobre as primeiras pesquisas de intenção de votos que indicam Celso Russomanno (Republicanos) e Bruno Covas (PSDB) como os preferidos do eleitorado paulistano. Ela afirma que os números não apontam um favoritismo e que os dois vão perder espaço na disputa.
Sobre Russomanno, a pré-candidata lembrou que não é a primeira vez que ele aparece à frente nas pesquisas para o cargo de prefeito, mas que essa liderança não deve se sustentar: "Ele é o candidato xarope. É contra empresário, contra a livre concorrência, contra a produção. Fica enchendo a paciência de todo mundo que produz com aquele negócio, jogando para torcida. Ele não quer ser prefeito, quer aparecer. É cavalo paraguaio, começa bem e termina mal".
Ela também comentou um possível apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à candidatura de Russomanno: "Não vai apoiar coisa nenhuma, a hora que ele [Bolsonaro] ver que o Russomanno vai fazer a mesma coisa das outras eleições: falar bobagem porque é fraco, frouxão", afirmou.
Quanto a Bruno Covas, Joice disse que a gestão dele como prefeito vai ser mal avaliada pela população, fazendo com que os números das pesquisas não cheguem às urnas: "É um bom menino. Péssimo prefeito, mas um bom menino. Não adianta colocar esperanças nas mesmas coisas e esperar resultados diferentes. Infelizmente, o Bruno não estava preparado para ser prefeito [...]. A cidade precisa de alguém que não pare, incansável. Infelizmente, o Bruno nunca foi e nunca será. Ele é bacana, gente boa, mas minha mãe também é bacana e gente boa e não serve para ser prefeita de São Paulo", completou.
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