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"Sou o único candidato com amizade de Bolsonaro", diz Celso Russomanno

Do UOL, em São Paulo

01/10/2020 23h41

O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) disse ser o único entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo que mantém vínculo de amizade com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, por isso, o único capaz de trazer recursos para a capital paulista. A declaração ocorreu durante o primeiro debate das Eleições 2020, com transmissão pela Band e na home-page do UOL.

"Eu criei o Auxílio Paulistano porque no meu último encontro com o presidente Bolsonaro, no hospital, ele pegou no meu braço e disse: 'Celso, cuide de São Paulo. Para a gente cuidar de São Paulo, a gente precisa cuidar das pessoas que estão passando dificuldades. O Auxílio Paulistano vai acontecer. E sou o único candidato aqui que tem amizade com o presidente da república a fim de trazer isso para cá", afirmou ele.

Recentemente em uma live, nas redes sociais, Bolsonaro admitiu a possibilidade de mudar a posição que vinha adotando — de não se envolver nos pleitos municipais — e apoiar nomes em São Paulo, Santos (SP) e Manaus (AM). Entretanto, não revelou os nomes dos candidatos.

"Eu assumi o compromisso de não entrar em eleições municipais, se bem que a gente pode mudar de ideia também. Se chegar um ponto tal e eu achar que posso influenciar nas eleições nas três cidades (SP, Manaus e Santos), eu vou me manifestar porque acho que esse candidato nosso tem tudo para fazer um bom mandato para o bem de São Paulo, Santos ou de Manaus", afirmou o presidente.

Celso Russomanno, que lidera as pesquisas, tem feito elogios públicos a Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, o parlamentar — derrotado nas eleições de 2012 e 2016 após liderar pesquisas de intenção de voto — foi incentivado por Bolsonaro a entrar na campanha e recebeu a sinalização de que receberia seu apoio. Ambos chegaram a se reunir em Brasília para tratar do assunto.

O presidente tem apenas dois "aliados" que o defendem abertamente na eleição em São Paulo: o presidente do PRTB, Levy Fidelix, e o ex-presidente da OAB-SP Marcos da Costa (PTB). Nenhum deles, porém, tem densidade eleitoral.

Bolsonaro vinha afirmando que não faria campanha para nenhum candidato no primeiro turno das eleições municipais, mas buscou alternativas pontuais para não ficar isolado.