RJ: Na TV, Paes e Crivella se atacam, e candidato do PSL cola em Bolsonaro
O primeiro dia de propagandas eleitorais no rádio e na TV teve troca de ataques entre os principais candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, citações ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atual prefeito da cidade e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos), citou a gestão do seu antecessor, Eduardo Paes (DEM), e o responsabilizou por não ter conseguido fazer mais no cargo.
Paes, por sua vez, adotou um tom mais brando para iniciar o programa, antes de alfinetar Crivella. Ele afirmou que não pode ser responsabilizado por denúncias e atos de corrupção cometido por ex-aliados políticos. O candidato do DEM citou o nome de Crivella e do governador afastado Wilson Witzel (PSC), os quais definiu como "amadores".
Sem mencionar o nome do principal adversário na corrida eleitoral, Crivella afirmou ter assumido um governo municipal endividado e envolto em denúncias de corrupção. Manchetes de jornais foram exibidas mostrando irregularidades cometidas durante a gestão de Paes.
"Quando assumi a prefeitura, me deparei com funcionários condenados por corrupção, crise financeira, e uma receita que caiu quase R$ 10 bilhões, além de ter que pagar empréstimos de R$ 5 bilhões. Com todas as dificuldades, não deixamos o Rio quebrar", afirmou o candidato que concorre ao cargo, apesar de ter sido considerado inelegível pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Na sua participação, Eduardo Paes —que neste ano foi acusado de receber caixa dois da Odebrecht em 2008 e 2012— chegou a citar o nome do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que se encontra preso por corrupção e foi um dos seus aliados durante dois mandatos.
"Desonesto, eu não sou. Não se acanhe em pedir votos. As denúncias que fazem contra mim não param de pé. Odebrecht, Cabral, nenhuma delas. Eu nunca cometi qualquer ilegalidade. Ninguém deve ser condenado por alguém por ser colega de alguém. A sociedade não suporta mais um novo Crivella, um novo Witzel, amadores sendo eleitos", afirmou.
Candidato do PSL se associa a Bolsonaro
Embora não tenha manifestado apoio direto a nenhum candidato à Prefeitura do Rio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi mencionado pelo candidato do PSL, Luiz Lima. Bolsonaro rompeu com a legenda pela qual se elegeu em 2018 e dois de seus filhos se filiaram ao Republicanos de Crivella.
O ex-nadador fez questão de dizer que foi eleito deputado federal no mesmo ano em que Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto e deu a entender que a sua candidatura teria influência do presidente.
"Fui eleito deputado federal ao lado do Bolsonaro, que me chamou para ser vice-líder [do governo] na Câmara, e também aceitei o desafio de ser prefeito", disse. Além da citação, a campanha de Lima adotou as cores verde e amarela tal como a campanha de Bolsonaro em 2018.
Bolsonaro também apareceu timidamente em outro momento do programa eleitoral. Sem ser mencionado por Crivella, e imagem dele surgiu em uma montagem, na qual está ao lado do candidato e da vice-candidata Andrea Firmo (Republicanos).
Apoio de Freixo a Renata Souza e ausência de Lula
Único político a surgir na propaganda eleitoral pedindo votos para um dos candidatos, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) —que abriu de disputar a prefeitura no Rio— afirmou que votaria em Renata Souza (PSOL). "A minha candidata à Prefeitura do Rio é Renata Souza", afirmou.
Martha Rocha (PDT) usou o espaço para associar a sua imagem à carreira na Polícia Civil. Candidata que aparece em pesquisas de intenção de votos tecnicamente empatada com Crivella e Benedita da Silva (PT) na segunda colocação, ela se apresentou ao público e lembrou a carreira de décadas na instituição, até chegar à chefia da Polícia Civil.
Ao final do programa, o número de urna da candidata surgiu sobreposto em um distintivo, reforçando a associação.
Sem mostrar exibir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu programa, Benedita da Silva (PT) lembrou as décadas de vida na política e ressaltou que essa é a "oportunidade de o Rio de Janeiro ter uma chapa formada por mulheres negras na prefeitura".
Na gravação, feita em uma favela, Benedita criticou a condução da saúde por Marcelo Crivella, e citou o episódio que ficou conhecido como "Fala com a Márcia" em que o prefeito foi gravado orientando lideranças evangélicas a fazer contato com a servidora para agendar cirurgias.
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