Teletubbies contra covid-19? No PR, Novo usa 'cabeças laranjas' em campanha
Quem pegou transporte público ou circulou pelo centro de Curitiba nos últimos dias se deparou com pessoas com cabeças laranjas circulando pela cidade. Sentadas nos terminais de ônibus ou andando pela rua XV de Novembro, elas não interagiam com ninguém. Logo pipocaram postagens nas redes sociais perguntando: "o que está rolando na cidade com várias pessoas vestidas assim?", ou "que raios de cabeças laranjas são essas circulando por Curitiba?". Há quem tenha apostado que tinham chegado à capital paranaense os "Teletubbies contra a covid-19".
Depois de mais de uma semana de mistério e impacto orgânico de pelo menos 100 mil pessoas nas redes sociais e vários pedidos de selfie, a identidade das cabeças foi revelada: integram uma ação de marketing do Novo, na chapa formada pelo candidato João Guilherme e da vice Geovana de Conti.
"Desde o início da campanha a gente queria fazer algo diferente para poder se destacar. Não temos muito dinheiro, porque não usamos o Fundo Eleitoral, e temos pouco tempo de TV. E aí atrelamos o inusitado com a nossa mensagem de uma política nova, relacionada à nossa candidatura", diz João Guilherme, que é médico e concorre pela segunda vez — a primeira foi como vice nas eleições municipais em 2016, na chapa do deputado federal Ney Leprevost (PSD), que ficou em segundo lugar.
Nos primeiros dias, 30 "cabeças" circularam por Curitiba, cada uma a uma diária de R$ 70. O sucesso do engajamento fez com que outras cidades que têm chapa formada pelo Novo copiassem a ideia: Balneário Camboriú (SC), Blumenau (SC), Maringá (PR) e São José dos Pinhais (PR) devem iniciar a mesma ação em breve.
Na reta final da campanha em Curitiba, o Novo vai angariar mais cabeças, tamanho o sucesso. Serão pelo menos mais 100, totalizando uma média de 130 figuras estranhas pela capital paranaense. Dessa vez, elas carregam algumas mensagens com pautas caras ao partido, como a devolução do valor do Fundo Eleitoral, e do "absurdo" que é "político profissional viver do nosso dinheiro há 30 anos".
O candidato acredita que o fato de, no início, a ação não ter falado sobre política, ajudou no engajamento. "As pessoas estão muito reticentes em falar sobre política. Elas veem casos de corrupção, dinheiro na cueca. Por isso a estratégia foi chamar atenção e aos poucos passar a nossa mensagem."
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