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'Ele é meu amigo', diz Russomanno sobre 'apoio de França' no 2º turno

09.nov.2020 - Russomanno pede votos em Paraisópolis, zona sul da cidade - Wanderley Preite Sobrinho
09.nov.2020 - Russomanno pede votos em Paraisópolis, zona sul da cidade Imagem: Wanderley Preite Sobrinho

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

09/11/2020 14h07

O candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (Republicano) deu sinais de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ficará de fora da reta final de campanha e garantiu que estará no segundo turno, quando espera receber o apoio do "amigo" Márcio França (PSB), tecnicamente empatado com ele e com Guilherme Boulos (PSOL) na última pesquisa Datafolha.

Russomanno caminhou na manhã de hoje pela comunidade de Paraisópolis, na zona sul da cidade, onde visitou o comércio local e tirou fotos com simpatizantes enquanto era seguido por cabos eleitorais empunhando bandeiras.

Após quase duas horas de caminhada, Russomanno afirmou que estará no segundo turno, embora esteja perdendo pontos percentuais nas últimas pesquisas de intenção de voto e tenha a maior rejeição entre os candidatos.

09.nov.2020 - Russomanno pede votos em Paraisópolis, zona sul da cidade - Wanderley Preite Sobrinho - Wanderley Preite Sobrinho
09.nov.2020 - Russomanno pede votos em Paraisópolis, zona sul da cidade
Imagem: Wanderley Preite Sobrinho

O prefeito e candidato a reeleição Bruno Covas (PSDB) ftem 28% das intenções de voto. Estão tecnicamente empatados Russomanno (16%), Guilherme Boulos (PSOL, com 14%) e França (13%). A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Questionado sobre a rejeição recorde (47%), o candidato preferiu dizer que sua campanha dispõe de pesquisas internas que o colocam no segundo turno.

"Olha o carinho que as pessoas têm por mim na periferia", disse. "Estamos no segundo turno mesmo com pouco tempo de TV e poucos recursos."

Russomanno nega que tenha sido "abandonado" pelo Republicanos, que lhe destinou poucos recursos do Fundo Eleitoral.

"Não falta empenho [do partido], não. O partido divide o dinheiro entre todos os candidatos pelo Brasil."

Boulos e França

Após reafirmar que disputará o segundo turno com Covas, que tenta a reeleição, Russomanno justificou porque centra sua artilharia contra Boulos, embora França venha crescendo.

"Estaremos juntos [no segundo turno]", afirmou. Questionado se espera o apoio do socialista, Russomanno respondeu: "Ele é meu amigo."

Bolsonaro de fora?

Sobre a possibilidade de nova aparição de Bolsonaro em sua campanha, Russomanno respondeu que "o presidente já fez declaração para a campanha, vamos seguir em frente", indicando pouca participação presidencial na reta final do primeiro turno.

Ele voltou a sinalizar para o governo federal quando questionado sobre a fonte de recursos para bancar o Auxílio Paulistano, a ajuda emergencial que ele promete se vencer a eleição.

"Dependerá de negociação da dívida [do município com a União]", disse.