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Bronca de França, sem-vergonha e "Bruno férias": veja as frases do debate

Alex Tajra e Beatriz Montesanti

Do UOL, em São Paulo e colaboração para o UOL, em São Paulo

13/11/2020 00h55

O debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo nesta quinta (13) teve críticas às férias do atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), acusações de sem-vergonhice e bronca pela falta de uso de máscaras durante o evento — conforme havia sido orientado pela organização.

Houve novo embate sobre fake news entre Guilherme Boulos (PSOL) e Celso Russomanno (Republicanos), além de dobradinhas entre alguns candidatos para tentar frear a ascensão de Covas. O prefeito chegou a ser chamado de "Bruno férias" por Arthur do Val (Patriota).

Realizado pela TV Cultura e retransmitido pelo UOL, o último debate aconteceu no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo. O mediador foi Leão Serva, diretor de jornalismo da TV Cultura.

Veja algumas das frases do debate:

Desde o início, houve uma orientação para todos usarmos as máscaras quando não estivermos falando. Percebi que ninguém usou em nenhum instante, exceto o [Andrea] Matarazzo algumas vezes. Então, assim, lembro que as regras devem ser para todos. Quando a gente faz regras sanitárias de saúde, é para todo mundo."
Márcio França (PSB), criticando os demais candidatos por não respeitarem as regras de prevenção contra à covid-19

Você passou a campanha inteira me atacando, atacando o movimento sem-teto. Quero ter a oportunidade de dizer: tenho muito orgulho de andar com sem-terra, sem-teto, só não ando com sem-vergonha, igual você."
Guilherme Boulos (PSOL), se defendendo de acusações de Celso Russomano (Republicanos)

Prefeito, todo trabalhador tem que trabalhar um ano para tirar férias. Com sete meses, você tirou férias e foi para a Croácia com alguns amigos se divertir. O senhor também esteve na Europa em uma viagem pessoal, enquanto São Paulo estava embaixo d'água. Pessoas morreram em enchentes."
Joice Hasselmann (PSL), criticando a ausência do atual prefeito Bruno Covas (PSDB)

O Bruno Covas esparramou as pessoas junto com o [governador João] Doria. No meu governo, isso não vai acontecer, vou dar carinho a essas pessoas."
Jilmar Tatto (PT), sobre propostas para a "cracolândia"

Enquanto eu for prefeito de São Paulo, quem determina essa questão [da obrigatoriedade da vacina] é a área da Saúde. Temos um Sistema Nacional de Vigilância Sanitária que funciona há anos no país. A ciência que vai determinar quem vai ser vacinado primeiro."
Bruno Covas (PSBB), sobre uma eventual vacina contra o coronavírus

Fui servidor público, tenho muito orgulho de ter feito só escola pública. Costumo dizer que os servidores são definitivos, nós [políticos] somos passageiros, por isso tem que resgatar o ânimo deles. Vi uma fala do Doria, que representa o Covas, chamando os servidores de vagabundos, isso é uma ofensa."
Márcio França (PSB), sobre a valorização do funcionalismo público

Os pancadões acontecem da forma que acontecem porque a juventude não tem espaço de lazer e expressão nas periferias."
Guilherme Boulos (PSOL), sobre políticas culturais para a periferia

Sem dúvidas, [urbanizar favelas] passa pela regularização fundiária para colocar a coleta de esgotos, mas, ao mesmo tempo, você coloca a infraestrutura de bairro. Você coloca calçada, clube, Ama, delegacia, transforma em bairro dando dignidade e endereço. isso é essencial para uma cidade como a nossa."
Andrea Matarazzo (PSD)

Eu fico feliz de saber que você compreende que não pode mudar a regra durante o jogo, o que foi feito em São Paulo. Temos que fazer justiça, se houve um erro, a alternativa é revogar o Sampa Prev. A minha proposta é reverter o Sampa Prev e discutir uma estratégia para o que vão entrar depois, reverter a injustiça que foi feita com os servidores."
Orlando Silva a Márcio França (PSB), sobre a reforma da previdência em SP

Políticas publicas têm de ser relacionadas a quem mais precisa. E, hoje, as pessoas que estão em maior situação de vulnerabilidade em relação a todas as políticas públicas são as mulheres e as mulheres negras. Por isso nós iremos retomar o programa que já existe de microcrédito na cidade e vamos destinar ele as pequenas e médias empreendedoras nas nossas muitas periferias"
Marina Helou (Rede)

Por que seu apelido na assembleia legislativa é "Mamãe faltei"? Por que você falta constantemente, o tempo todo, não comparece às sessões, é motivo de risos o tempo todo de nossos colegas deputados. (...) Infelizmente, uma pessoa que falta, não cumpre com suas obrigações e que defende o uso da maconha quer ser prefeito de São Paulo?"
Celso Russomanno (Republicanos) a Arthur do Val, conhecido como "Mamãe, falei"

Seu eleitorado é o mais rico, que conhece a periferia do programa da Regina Casé, que servem para os mais pobres infelizmente servem para fazer safári humano para pagar de descolado no Instagram."
Arthur do Val (Patriota), criticando o desempenho de Boulos nas pesquisas de intenção de voto

Infelizmente, hoje os subprefeitos ocupam um cabidão de empregos, são pessoas que perderam a eleição, são ligadas ao prefeito e mal conhecem o bairro. Na minha gestão, o subprefeito será raiz. Morador do bairro, que conhece o problema"
Joice Hasselmann (PSL)

*Colaboraram Carolina Marins, Douglas Maia, Felipe Oliveira, Felipe Pereira, Gilvan Marques, Marcelo Oliveira e Pedro Ungheria