Nove capitais terão 2º turno com candidatos de alta rejeição
Postulantes à prefeitura de nove capitais terão de disputar o segundo turno contra seu adversário e contra si próprios: são candidatos com mais de 30% de rejeição, segundo a última pesquisa Ibope antes do primeiro turno em cada cidade.
Desses nove, apenas dois passaram para a segunda etapa do pleito em primeiro lugar na quantidade de votos: Amazonino Mendes (Pode-AM), que tem 30% de rejeição em Manaus, e Cícero Lucena (PP-PB), com 31% em João Pessoa. Nesses dois casos, seus adversários David Almeida (Avante-AM) e Nilvan Ferreira (MDB), respectivamente, têm menos de 20% de rejeição.
Mendes é ex-governador do Amazonas e fica atrás de Almeida, também ex-governador, na simulação feita pela última pesquisa Ibope para Manaus, do último dia 11.
O Podemos, partido do vencedor do primeiro turno, está na base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no estado. Almeida, porém, além da baixa rejeição, consegue canalizar votos de um eleitorado do mesmo lado do espectro ideológico que Mendes.
Em João Pessoa, Lucena, que já foi senador e governador da Paraíba, sustentou sua liderança no primeiro turno com uma rejeição de 30%, segundo a última pesquisa Ibope. Ele vai enfrentar o estreante Nilvan Ferreira (MDB), que avançou ao segundo turno com menos de 5% de diferença para Lucena e tem apenas 17% de rejeição.
Rejeitados disputam 2º turno
- 59% -- Marcelo Crivella (Republicanos) -- Rio de Janeiro (RJ)
- 38% -- Manuela D'Ávila (PCdoB) -- Porto Alegre (RS)
- 37% -- Capitão Wagner (PROS) -- Fortaleza (CE)
- 36% -- Emanuel Pinheiro (MDB) -- Cuiabá (MT)
- 35% -- João Coser (PT) -- Vitória (ES)
- 35% -- Ottaci (Solidariedade) -- Boa Vista (RR)
- 35% -- Socorro Neri (PSB) -- Rio Branco (AC)
- 31% -- Cícero Lucena (PP) -- João Pessoa (PB)
- 30% -- Amazonino Mendes (PODE) -- Manaus (AM)
A maior rejeição de candidatos em segundo turno é de longe a de Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), com 59%, que apostou no apoio do presidente e ficou em segundo lugar.
O atual prefeito do Rio de Janeiro vai para o segundo turno como o adversário ideal para Eduardo Paes (DEM), já que o ex-prefeito carioca liderou com folga a primeira etapa do pleito e tem menos da metade da rejeição do adversário.
Os seis candidatos com alta rejeição restantes terão a difícil tarefa de bater um concorrente que liderou o primeiro turno e tem menos de 20% de rejeição.
Em Porto Alegre, Manuela D'Ávila (PCdoB) tem 38% de rejeição e liderava as pesquisas de intenção de voto, mas terminou atrás de Sebastião Melo (MDB). As eleições na capital gaúcha tiveram uma reviravolta de última hora que impactou muito a disputa. A quatro dias do primeiro turno, José Fortunati (PTB) desistiu de sua candidatura, e seu partido passou a apoiar Melo.
Em Vitória, João Coser (PT-ES) tem 35% de rejeição e foi surpreendido pelo Delegado Pazolini (Republicanos), que avançou numericamente para a primeira posição apenas na véspera das eleições, embolou a disputa e venceu o primeiro turno. Ele tem apenas 18% de rejeição.
Já em Fortaleza, Capitão Wagner (PROS) tem 37% de rejeição e a missão de bater Sarto (PDT). O pedetista é presidente da Câmara Legislativa do Ceará, tem apenas 19% de rejeição e o apoio do atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) e de Ciro Gomes (PDT).
Em Cuiabá o atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) amarga uma rejeição de 36% contra 16% de Abilio (Podemos).
Pinheiro foi flagrado em vídeo de 2017 recebendo e guardando maços de dinheiro no paletó. Em setembro de 2020, ele virou réu em denúncia do Ministério Público do estado por suspeita de participar de um esquema de "mensalinho", relativo às imagens divulgadas há três anos.
Entre os candidatos com mais de 30% de rejeição, Ottaci (Solidariedade), em Boa Vista, tem pela frente o adversário mais aceito pela população. Arthur Henrique (MDB) venceu o primeiro turno com quase 50% dos votos e comemora apenas 9% de rejeição.
Ainda no Norte, Socorro Neri (PSB) tem 35% de rejeição, contra 22% de Tião Bocalom (PP) na disputa por Rio Branco. O problema para Neri, além de sua rejeição, é que Bocalom venceu o primeiro turno também com quase 50% dos votos, apesar de ter figurado em terceiro lugar na primeira pesquisa Ibope na capital acreana com apenas 16%.
Cor da população comparada à dos prefeitos eleitos no Brasil
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