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Preso, 'Faraó dos Bitcoins' declara patrimônio de R$ 60 milhões ao TSE

25.ago.2021 - Dono da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos foi preso pela PF no ano passado - Reprodução / TV Globo
25.ago.2021 - Dono da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos foi preso pela PF no ano passado Imagem: Reprodução / TV Globo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/08/2022 18h55Atualizada em 15/08/2022 18h55

Conhecido como "Faraó dos Bitcoins" e preso desde agosto de 2021 por crimes contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e lavagem de dinheiro, Glaidson Acácio dos Santos declarou mais de R$ 60 milhões em bens ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ele apresentou hoje o pedido de registro de candidatura à Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro pelo partido Democracia Cristã (DC).

No site da Justiça Eleitoral, consta que o "Faraó" tem ensino superior completo e sua ocupação é "empresário".

Entre os bens, Glaidson declarou um apartamento no valor de R$ 450 mil e "quotas ou quinhões de capital" avaliados em R$ 60 milhões.

Glaidson foi preso acusado de montar uma pirâmide financeira na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, estruturada a partir da sua empresa GAS Consultoria Bitcoin.

Uma lista de credores da GAS montada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tem mais de 42 mil inscritos. Em junho, a última atualização mostrou que Glaidson tem R$ 4,4 bilhões em dívidas com antigos clientes.

De acordo com as investigações da PF (Polícia Federal), os mais de 67 mil clientes enganados pelo falso investidor aplicaram mais de R$ 5 bilhões. As movimentações feitas pelo grupo criminoso somaram aproximadamente R$ 38 bilhões.

Em janeiro, decisões judiciais em 30 processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro bloquearam R$ 5,1 milhões das contas ou bens do "Faraó dos Bitcoins", de sua esposa, seu sócio e da empresa, a GAS consultoria. Carros de luxo também foram apreendidos.

Glaidson nega as irregularidades. No dia 8 de dezembro do ano passado, o "Faraó" escreveu da cadeia uma carta aberta aos clientes.

"Escrevo esta carta de coração quebrado por saber que há três meses vocês estão sem receber seus rendimentos. Nunca, nem nos meus piores pesadelos, poderia imaginar que isso poderia acontecer", disse.