Em crítica a Bolsonaro, Lula diz que não quer amigo na PF
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje, em entrevista ao Jornal Nacional, que não interferiu na Polícia Federal quando assumiu o posto no Planalto e que, se reeleito, continuará respeitando a independência da instituição.
Para Lula, a Polícia Federal já sofre muitas interferências: "Bolsonaro troca qualquer diretor na hora que ele quer, basta que ele não goste. Eu não fiz isso e não vou fazer. O delegado não está lá para fazer as coisas que eu quero".
O presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de críticas de opositores por supostamente interferir na corporação, apesar de ter um inquérito não ter apontado crimes na conduta dele.
Foi a mudança no comando da polícia federal no Rio de Janeiro o estopim para crise no governo Jair Bolsonaro que levou à saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O presidenciável relembrou de uma operação da instituição que teve como alvo um de seus irmãos, Vavá.
Você se lembra que em 2005, a Polícia Federal estava na índia, a Polícia Federal foi na casa de um irmão meu, esse que morreu quando eu estava preso, sabe, esse cara ganhava 2900 reais, aposentado na Prefeitura, a Polícia Federal invadiu a casa dele. E eu sabia antes, e eu falei não vou interferir porque quem ficou sabendo não é o Lula, foi o Presidente da República
Lula no Jornal Nacional
Lula já havia dito em outras oportunidades que não avisou seu irmão que ele seria alvo da operação.
"Eu poderia ter impedido que a Polícia Federal tivesse um delegado que eu pudesse controlá-lo, não fiz. E permiti que efetivamente as coisas acontecessem do jeito que precisava acontecer", afirmou o ex-presidente ao Jornal nacional.
Ao ser questionado sobre o tema da corrupção, Lula e sua campanha de Lula já se preparavam para defender mecanismos criados em seu governo, como o Portal da Transparência, o que foi lembrado pelo ex-presidente durante a conversa.
Para criticar Bolsonaro dentro do tema, a ideia era citar que, na gestão petista, a Polícia Federal era independente e a lista tríplice na escolha da PGR (Procuradoria-Geral da República) era respeitada.
Mas Lula, durante a entrevista, recusou-se a responder se respeitaria a lista tríplice se eleito. "Porque eu quero que fique com uma pulga atrás da orelha. Não quero definir o que eu vou fazer. Primeiro, eu preciso ganhar as eleições", afirmou.
Veja análise da entrevista de Lula no Jornal Nacional com os colunistas do UOL:
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