No JN, Tebet exalta mulheres, mas diz que ainda é começo da 'escada'
Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, a presidenciável e senadora Simone Tebet (MDB) foi a primeira da série de candidatos ao Planalto sabatinados esta semana a trazer à tona questões que atingem, especificamente, as mulheres. Tebet abordou o avanço feminino na política, mas reconheceu que é "difícil".
"É uma escada, né. Tudo na vida da gente é difícil, você sabe disso, como é difícil ser mulher na iniciativa privada. Que dirá na vida pública. Eu sou privilegiada porque, veja, estou diante de um partido que saiu na vanguarda e teve coragem de lançar nesse momento mais difícil do Brasil uma mulher candidata da República", falou ao responder à jornalista Renata Vasconcellos.
Para Tebet, a falta de representatividade feminina na política não é problema apenas do MDB, mas "todos os partidos, eles só cumprem a cota".
E, entre outras coisas, tem essa violência política. E nós conseguimos avançar agora com 30%, tempo de rádio, de televisão, para mulher, e isso fez com que nós pudéssemos aumentar em quase 50% o número de deputadas
Simone Tebet no Jornal Nacional
A senadora lembrou que o direito feminino ao voto é recente e apontou a disparidade salarial baseada em gênero e raça: "A mulher ganha 20% menos do que o homem, exercendo a mesma função, se for negra, preta, recebe 40% menos. Me explique qual é a lógica disso? Não é só por ela, não é pelo reconhecimento".
Tebet tenta viabilizar a chamada terceira via, opção para eleitores insatisfeitos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), e é apoiada por partidos como PSDB e Cidadania, que abriram mão de lançar candidaturas próprias ao Planalto para endossar o nome dela.
Nas pesquisas eleitorais, a senadora ou empata com Ciro Gomes (PDT) ou fica em quarto lugar, empatada com outros candidatos. Na última Datafolha, ela tinha 2% das intenções de voto.
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