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Urna eletrônica não tem vulnerabilidades, concluem engenheiros da USP

Urna eletrônica brasileira - SOPA Images/SOPA Images/LightRocket via Gett
Urna eletrônica brasileira Imagem: SOPA Images/SOPA Images/LightRocket via Gett

Do UOL, em São Paulo

26/08/2022 17h01Atualizada em 26/08/2022 17h01

Pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo informaram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que a urna eletrônica que será utilizada nas eleições deste ano não apresenta vulnerabilidades. A conclusão vai ao encontro do que concluiu a Unicamp e a Federal de Pernambuco.

Os testes tiveram duração de seis meses e aconteceram após uma parceria ser firmada entre as universidades e a Justiça Eleitoral. Os engenheiros da USP tentaram, por esse período de tempo, violar e invadir o sistema das urnas, mas não obtiveram sucesso.

Participaram do teste urnas do modelo "UE 2015" e o "UE 2020", sendo o último uma versão mais moderna. O professor Wilson Ruggiero, responsável pela testagem, junto dos estudantes do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores buscaram diferentes formas - sendo oito no total - para corromper os aparelhos.

O segredo para a inviolabilidade das urnas reside no fato de que o código-fonte, ou seja, a programação de funcionamento da tecnologia, não ser conectado à internet. Os modelos mais modernos ainda não haviam sido testados e por isso receberam mais atenção por parte dos engenheiros da USP.

Mesmo assim, o relatório final aponta melhorias que podem ser feitas, principalmente para facilitar a leitura do código-fonte. Isso porque ao longo dos anos, os diversos programadores das urnas foram tornando seu software de funcionamento mais complexo, mas ele poderia ser facilitado e mesmo assim não perder segurança.

Partidos políticos, o Ministério Público, a Polícia Federal e as Forças Armadas têm acesso ao código fonte e participam da fiscalização das eleições. Até o momento, nenhum episódio de fraude foi comprovado desde 1996, ano que o Brasil instituiu votação com as urnas eletrônicas.