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Ministro do TSE nega pedido para excluir vídeo de Janones contra Bolsonaro

Deputado André Janones e presidente Jair Bolsonaro - Divulgação e Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
Deputado André Janones e presidente Jair Bolsonaro Imagem: Divulgação e Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL

27/08/2022 13h25Atualizada em 27/08/2022 13h35

O ministro Raúl Araújo, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), rejeitou, ontem, pedido da coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que um vídeo compartilhado nas redes do deputado federal André Janones (Avante-MG) fosse excluído por responsabilizar o chefe do Executivo pelas mortes durante a pandemia de covid-19.

O vídeo divulgado no perfil de Janones no Twitter, que integra a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reúne diversas falas de Bolsonaro em que o presidente minimiza a gravidade da doença causada pelo novo coronavírus. A defesa argumenta que se trata de infrações à legislação eleitoral com ofensas que seriam inverídicas.

A coligação formada por PP, Republicanos e PL pedem direito de resposta e retirada do vídeo. Porém, o ministro do TSE não analisou o mérito do pedido, já que as siglas não teriam apresentado qual seria o texto da resposta reivindicada por Bolsonaro.

"A ausência, na petição inicial, do texto da resposta pretendida prejudica o exercício do contraditório pela parte representada na ação. Aliás, é razoável que a Justiça Eleitoral faça uma análise prévia do conteúdo a ser divulgado, de modo a verificar a compatibilização da resposta com a ofensa que deu origem à representação", escreveu o juíz relator.

A reportagem do UOL tenta contato com a campanha do presidente Jair Bolsonaro sobre a decisão. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

No Twitter, André Janones comemorou a decisão e ironizou o presidente Jair Bolsonaro fazendo uma nova publicação para responsabilizá-lo pelas mortes durante a pandemia.

"Já que ele não quer que ninguém veja isso, que tal a gente fazer desse post o maior do Twiter no Brasil hoje? Bora?", escreveu o deputado.