Oyama: Bolsonaro foi preparado para atacar Amanda Klein em entrevista amiga
A colunista do UOL Thaís Oyama afirmou, durante participação no Radar das Eleições de hoje, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi para a entrevista na Jovem Pan "preparado para atacar" a jornalista Amanda Klein, munido por informações de seus assessores.
O candidato à reeleição se irritou com uma pergunta feita por Amanda, na qual ela citou reportagem do UOL que mostrou que Bolsonaro e familiares negociaram 107 imóveis desde 1990, dos quais ao menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro em espécie. Bolsonaro disse que o marido dela, o empresário Paulo Ribeiro de Barros, vota nele.
"Isso não foi um rompante como ele teve no debate do UOL e da Bandeirantes com a Vera Magalhães. Lá [no debate] foi um rompante e uma escorregada", comentou Oyama.
"Aqui [na Jovem Pan] ficou muito claro que ele foi preparado. Ou seja, ele estava indo a uma entrevista amiga, feita por jornalistas amigos, mas ele sabia que lá naquela turma havia uma jornalista profissional e que talvez ele tivesse problemas com essa jornalista profissional", acrescentou.
Na sequência, a colunista do UOL também destacou que o ataque premeditado possivelmente foi preparado por seus assessores, o chamado "Gabinete do Ódio".
"É evidente que ele foi lá com a ficha dela levantada, e levantada evidentemente por assessores. Não foi ele que fez a pesquisa, que deu um Google. Não foi ele que foi atrás de fuçar a vida pessoal da jornalista. Isso teve lá o dedo dos assessores e a marca digital da turma do 'Gabinete do Ódio', típica manifestação e iniciativa do 'Gabinete do Ódio'", finalizou.
Carla: Aliados pedem moderação a Bolsonaro em 7/9, mas tom é imprevisível
"Aliados do presidente dizem que é o momento da virada, momento da foto. O núcleo de campanha tenta aconselhar Bolsonaro a adotar um tom mais ameno, porque uma fala mais aguerrida do presidente agrada os convertidos, mas afasta os indecisos. O que o Bolsonaro precisa hoje é de voto, então o pessoal pede essa moderação", disse Carla Araújo durante O Radar das Eleições.
A colunista do UOL também destacou que a decisão do ministro Edson Fachin de suspender trechos de decretos em que o presidente facilitou a compra e o porte de armas de fogo foi vista como uma provocação por sua campanha.
"Ontem, com a decisão do ministro Edson Fachin de suspender trechos do decreto das armas, alguns auxiliares do presidente classificaram como se isso fosse uma provocação na véspera do 7 de setembro, justamente tentando fazer o Bolsonaro inflar ainda mais esse discurso".
O programa O Radar das Eleições vai ao ar às terças-feiras.
Quando: toda semana, às 10h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL. Você também pode conferir nas plataformas de podcasts. Veja a íntegra do programa:
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